sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

FILHO DE NATANIAHU NAMORA NÃO-JUDIA


FILHO DE NATANIAHU NAMORA NÃO-JUDIA

“Shame and scandall in the family”, como no calypso cantado por Trini Lopez, assim se manifestaram os homens de preto, barba e peyot no Mea Shearim e Bnei Brak ao receber a notícia.

Tirando a parte da canção em que a mãe confessa serem os dois pombinhos irmãos, a “vergonha e o escândalo” estouraram como uma bomba nos meios religiosos de Israel e alhures, imagino. A expressão “Agoie?” ressoou em Jerusalém, enquanto entre os boêmios da noite de Tel Aviv, a gozação foi estridente. 

A moça, cuja fotografia está aparecendo em todos os jornais daqui e da Europa, é uma lourinha bem bonitinha e parabéns a Yair pela conquista de uma filha dos bárbaros Vikings. Seu nome é Sandra Leikangen, de 25 anos, 2 anos  mais velha que Yair Nataniahu, o filho do 1o. Ministro israelense. 

A previsão, se o namoro continuar, é que ela se converta ao judaísmo antes de casar. Ela estava em Jerusalém visitando uma irmã que se converteu e vive na Cidade, dita, Santa.  A família da moça na Noruega deverá concordar. 

Bibi, está, aparentemente, muito feliz com o namoro, tanto assim que já comentou o assunto (muito bem humorado, aliás) com Ema Solberg, 1ª. Ministro da Noruega quando se encontraram no Fórum Econômico Mundial em Davos, na semana passada. Enquanto isto, a governante norueguesa, declarou que Nataniahu anda “botando banca” (boasting) com a “conquista” de seu filho.



SCARLET JOHANSSON PREFERE ISRAEL

A bela atriz Scarlett Johansson, que (eu) estava certo ser de origem nórdica, é, na realidade filha de mãe judia, Melanie Sloan, nascida no Bronx, NY. Seu pai, sim, é filho de pai sueco, por isto, o nome. Mas, há uma história. 

Seguinte: Scarlett assinou contrato de publicidade nos EUA com a firma israelense fabricante de Soda Stream, um aparelho que permite fazer qualquer refrigerante em casa. Vai estrelar a campanha de TV do produto que é um dos patrocindores publicitários do Super Bowl, a finalíssima do futebol americano, talvez o programa de maior audiência dos EUA. Cada minuto de publicidade na transmissão (TV) do jogo custa alguns milhões de US$. 

SodaStream unveils Scarlett Johansson as its first-ever Global Brand Ambassador at the Gramercy Park Hotel on January 10, 2014 in New York City.(Mike Coppola/Getty Images for SodaStream)

Os israelenses da Soda Stream toparam o preço e colocaram um filme de 1 minuto mostrando Scarlett bebendo algo cor de laranja e fazendo um gesto de satisfação. E aí entra a OXFAM, organização internacional que se propõe acabar com a pobreza no mundo, que tem Scarlett como uma de suas promotoras de imagem. 

Ao saber que a fábrica da Soda Stream está sediada em Malê Adumim, território ocupado, a Oxfam advertiu Scarlett que a organização apoia o BDS, que são as iniciais o novimento (Boycott, Divestment and Sanctions) contra de firmas com filiais nis territórios ocupados. Deram um ultimatum a Scarlett: sai da campanha ou se demite da Oxfam. A atriz, porém, não teve dúvida. Pediu demissão da Oxfam ficando com a Soda Stream israelense.

Sou contra a ocupação, mas, desta vez, gostei da atitude de Scarlett que declarou que “apoia a cooperação econômica entre Israel e Palestina". A grande maioria dos funcionários da Soda Stream são palestinos moradores da região. Neste caso, predominou o ditado “Sangue é mais grosso do que água"- (blood is thicker than water).




SECRETÁRIO JOHN KERRY NÃO DEIXA A PETECA CAIR

A direita israelense está tão preocupada com os planos americanos para por fim ao conflito, que a sua mídia vem atacando fortemente o Secretário se Estado,  John Kerry, alegando que o Secretário não se dá conta que se Israel abandonar as colônias será o princípio de seu fim. Afirmação, evidentemente, exagerada. 

Realmente, o plano americano a ser apresentado aos dois lados contém clásulas que poderão afetar profundamente a política de Israel quanto às colônias.

O plano de Obama/Kerry, segundo vazou para a mídia, estabelece que as colônias se agruparão em alguns grandes blocos, a fim de desocupar o máximo de terras que ficarão incorporadas ao futuro Estado Palestino. Os que quiserem ficar poderão fazê-lo, mas ficarão dentro do Estado palestinos e sujeitos às suas leis. 

A reação da liderança dos colonos foi, no mínimo, furiosamente contra. Alegam que a AP não conseguirá conter ataque terroristas palestinos contra os colonos, ou colônias que permancerem do outro lado da cerca. O plano americano, porém, prevê essa possibiidade e dizem ter solução.

O PLANO

Além de propor a retirada de colônias, o plano exige dos palestinos o reconhecimento de Israel como o “Estado dos judeus”, conforme, aliás, a decisão da ONU de 1947 que dividiu a Palestina entre um estado para os judeus e outro para os árabes palestinos. Estes, por sua vez, alegam que as fronteiras estabelecidas pela decisão da ONU foram mudadas em favor de Israel nas guerras de Independência (1947/8 e na dos Seis Dias (1967).

O plano americano, que será difícil aos dois lados recusar, prevê a capital do estado da Palestina em Jerusalém Oriental e a desistência dos mesmos ao “direito de retorno” dos refugiados. O presidente da Autoridade Palestina já declarou que não abandonará a luta pela volta dos refugiados. No lado israelense, também, os americanos encontrarão resistência.

Para aceitar o plano de Obama/Kerry, Nataniahu terá que mudar a sua coligação de direita. O Partido Habait Haiehudi (Casa Judaica), do ministro da Economia (não confundir com o Min. da Fazenda), Naftali Bennet, de extrema direita, que já declarou “a aceitação do plano Obama-Kerry levará à nossa saída do governo”. 

Outros parlamentares do Likud, do próprio Nataniahu, também ameaçam sair, caso haja desmonte de colônias. Alguns até moram nos territórios ocupados. Bibi, porém, se quizer, não terá problema com a saída destes renitentes. O partido Trabalhista e o partido Meretz de esquerda já demonstraram interesse em vir para o lugar dos que saírem, mantendo assim a maioria.   

Por outro lado, ter em mente que esta é a última oprtunidade de Obama justificar o Nobel da Paz que lhe foi outrorgado sem justificativa, mas na esperança que traga a paz em algum lugar do mundo.

SEGURANÇA PARA OLIMPÍADA DE INVERNO SERÁ ISRAELENSE

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno, este ano na Rússia, na estação de ski, Sochi, comprou o sistema de segurança computadorizada israelense NICE Safe City. Já é usado, fora de Israel  nos sistemas de metrô de Londres e New York. 

Não me perguntem o que é ou como funciona. Não sei, mas deve ser algo bom trazido pela necessidade de combater o terrorismo islâmico, que atua também na Rússia. Os laços que unem Israel à Rússia são baseados em negócios ligados à segurança.


DAVID TABACOF, DIRETO DE ISRAEL - 31/01/2014



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