FILHO DE
NATANIAHU NAMORA NÃO-JUDIA
“Shame and
scandall in the family”, como no calypso cantado por Trini Lopez, assim se
manifestaram os homens de preto, barba e peyot no Mea Shearim e Bnei Brak ao
receber a notícia.
Tirando a parte da canção em que a mãe confessa serem os
dois pombinhos irmãos, a “vergonha e o escândalo” estouraram como uma bomba nos
meios religiosos de Israel e alhures, imagino. A expressão “Agoie?” ressoou em
Jerusalém, enquanto entre os boêmios da noite de Tel Aviv, a gozação foi
estridente.
A moça, cuja fotografia está aparecendo em todos os jornais daqui e
da Europa, é uma lourinha bem bonitinha e parabéns a Yair pela conquista de uma
filha dos bárbaros Vikings. Seu nome é Sandra Leikangen, de 25 anos, 2
anos mais velha que Yair Nataniahu, o filho do 1o. Ministro israelense.
A
previsão, se o namoro continuar, é que ela se converta ao judaísmo antes de
casar. Ela estava em Jerusalém visitando uma irmã que se converteu e vive na
Cidade, dita, Santa. A família da moça na Noruega deverá concordar.
Bibi,
está, aparentemente, muito feliz com o namoro, tanto assim que já comentou o
assunto (muito bem humorado, aliás) com Ema Solberg, 1ª. Ministro da Noruega
quando se encontraram no Fórum Econômico Mundial em Davos, na semana passada.
Enquanto isto, a governante norueguesa, declarou que Nataniahu anda “botando
banca” (boasting) com a “conquista” de seu filho.
SCARLET
JOHANSSON PREFERE ISRAEL
A bela
atriz Scarlett Johansson, que (eu) estava certo ser de origem nórdica, é, na
realidade filha de mãe judia, Melanie Sloan, nascida no Bronx, NY. Seu pai,
sim, é filho de pai sueco, por isto, o nome. Mas, há uma história.
Seguinte:
Scarlett assinou contrato de publicidade nos EUA com a firma israelense fabricante
de Soda Stream, um aparelho que permite fazer qualquer refrigerante em casa.
Vai estrelar a campanha de TV do produto que é um dos patrocindores
publicitários do Super Bowl, a finalíssima do futebol americano, talvez o
programa de maior audiência dos EUA. Cada minuto de publicidade na transmissão
(TV) do jogo custa alguns milhões de US$.
SodaStream unveils Scarlett Johansson as its first-ever Global Brand Ambassador at the Gramercy Park Hotel on January 10, 2014 in New York City.(Mike Coppola/Getty Images for SodaStream)
Os israelenses da Soda Stream
toparam o preço e colocaram um filme de 1 minuto mostrando Scarlett bebendo
algo cor de laranja e fazendo um gesto de satisfação. E aí entra a OXFAM,
organização internacional que se propõe acabar com a pobreza no mundo, que tem
Scarlett como uma de suas promotoras de imagem.
Ao saber que a fábrica da Soda
Stream está sediada em Malê Adumim, território ocupado, a Oxfam advertiu Scarlett
que a organização apoia o BDS, que são as iniciais o novimento (Boycott, Divestment and Sanctions) contra de firmas com filiais nis territórios
ocupados. Deram um ultimatum a Scarlett: sai da campanha ou se demite da Oxfam.
A atriz, porém, não teve dúvida. Pediu demissão da Oxfam ficando com a Soda
Stream israelense.
Sou contra
a ocupação, mas, desta vez, gostei da atitude de Scarlett que declarou que
“apoia a cooperação econômica entre Israel e Palestina". A grande maioria
dos funcionários da Soda Stream são palestinos moradores da região. Neste caso,
predominou o ditado “Sangue é mais grosso do que água"- (blood is thicker than
water).
SECRETÁRIO
JOHN KERRY NÃO DEIXA A PETECA CAIR
A direita
israelense está tão preocupada com os planos americanos para por fim ao
conflito, que a sua mídia vem atacando fortemente o Secretário se Estado,
John Kerry, alegando que o Secretário não se dá conta que se Israel abandonar
as colônias será o princípio de seu fim. Afirmação, evidentemente, exagerada.
Realmente, o plano americano a ser apresentado aos dois lados contém clásulas
que poderão afetar profundamente a política de Israel quanto às colônias.
O
plano de Obama/Kerry, segundo vazou para a mídia, estabelece que as colônias se
agruparão em alguns grandes blocos, a fim de desocupar o máximo de terras que
ficarão incorporadas ao futuro Estado Palestino. Os que quiserem ficar poderão
fazê-lo, mas ficarão dentro do Estado palestinos e sujeitos às suas leis.
A
reação da liderança dos colonos foi, no mínimo, furiosamente contra. Alegam que
a AP não conseguirá conter ataque terroristas palestinos contra os colonos, ou
colônias que permancerem do outro lado da cerca. O plano americano, porém,
prevê essa possibiidade e dizem ter solução.
O PLANO
Além de
propor a retirada de colônias, o plano exige dos palestinos o reconhecimento de
Israel como o “Estado dos judeus”, conforme, aliás, a decisão da ONU de 1947
que dividiu a Palestina entre um estado para os judeus e outro para os árabes
palestinos. Estes, por sua vez, alegam que as fronteiras estabelecidas pela
decisão da ONU foram mudadas em favor de Israel nas guerras de Independência
(1947/8 e na dos Seis Dias (1967).
O plano americano,
que será difícil aos dois lados recusar, prevê a capital do estado da Palestina
em Jerusalém Oriental e a desistência dos mesmos ao “direito de retorno” dos
refugiados. O presidente da Autoridade Palestina já declarou que não abandonará
a luta pela volta dos refugiados. No lado israelense, também, os americanos
encontrarão resistência.
Para
aceitar o plano de Obama/Kerry, Nataniahu terá que mudar a sua coligação de
direita. O Partido Habait Haiehudi (Casa Judaica), do ministro da Economia (não
confundir com o Min. da Fazenda), Naftali Bennet, de extrema direita, que já
declarou “a aceitação do plano Obama-Kerry levará à nossa saída do governo”.
Outros parlamentares do Likud, do próprio Nataniahu, também ameaçam sair, caso
haja desmonte de colônias. Alguns até moram nos territórios ocupados. Bibi,
porém, se quizer, não terá problema com a saída destes renitentes. O partido
Trabalhista e o partido Meretz de esquerda já demonstraram interesse em vir
para o lugar dos que saírem, mantendo assim a maioria.
Por outro
lado, ter em mente que esta é a última oprtunidade de Obama justificar o Nobel
da Paz que lhe foi outrorgado sem justificativa, mas na esperança que traga a
paz em algum lugar do mundo.
SEGURANÇA
PARA OLIMPÍADA DE INVERNO SERÁ ISRAELENSE
Os
organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno, este ano na Rússia, na estação de
ski, Sochi, comprou o sistema de segurança computadorizada israelense NICE Safe
City. Já é usado, fora de Israel nos sistemas de metrô de Londres e New
York.
Não me perguntem o que é ou como funciona. Não sei, mas deve ser algo bom
trazido pela necessidade de combater o terrorismo islâmico, que atua também na
Rússia. Os laços que unem Israel à Rússia são baseados em negócios ligados à
segurança.
DAVID TABACOF, DIRETO DE ISRAEL - 31/01/2014