quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

JUDEUS ULTRA-ORTODOXOS, ESTES DESCONHECIDOS


JUDEUS ULTRA-ORTODOXOS, ESTES DESCONHECIDOS
Por David Tabacof, 26/02/2014 
“A religião é o ópio do povo” disse um judeu, descendente de uma linha de rabinos ilustres, apelidado na infância de Hershale e em cujo nome uma ideologia importante do sécculo XX seria criada, Karl Henirich Marx. 
Não sou marxista, mas no que tange à frase, estou de pleno acordo com Hershale.
No Brasil, você os vê raramente. Talvez, em S.Paulo, nas imediações da Rua Padre João Manuel. Mas aqui, em Israel, você cruza com eles diariamente em todos os lugares. Os homens de terno escuro, barba, peiot e chapéu; as mulheres com suas saias obrigatórias e cabeça coberta. 
São facilmente identificáveis, entre a grande maioria não religiosa deste país. Obviamente, ninguém liga. Faz parte da paisagem.
Eu mesmo cruzo com eles quase que diariamente conheço, porém, pouquíssimo sobre seu modo de viver. Sei que se dividem em movimentos diversos de nomes estranhos como Hassidim e Mitnagdim, Litvichers, Gherers, Chad, etc. Sei que são rigorosos quando se trata de comida, que deve ser kasher. 

Evitam socializar com não iniciados. E muitos exigem kasher “lemeadrim”, que quer dizer kasher muito rigoroso. 

Em voos da El Al já vi religiosos recusando a comida de bordo (é kasher com certificado na bandeja) por não ser “lemeadrim”. Os refusniks trazem os bolsos cheio de biscoitos para enfrentar a fome dos voos longos.
Ultimamente, chegaram perto de minha casa em Ramat Aviv. 

Com sua população crescendo de forma geométrica, estão se expandindo também para outros bairros e cidades. Frequentam uma sinagoga aqui em frente de casa, quase dentro do Jardim Politi que é o panorama verde que se descortina quando abro a janela da sala. No Shabat, enquanto os homens rezam, as mulheres e suas crianças são mandadas para o jardim afim de não perturbar as orações. 

A meninada segue o modo de vestir dos pais. Roupinha sóbria e kipá; as meninas, invariavelmente, vestem saias em contraste com os resto das criançada e suas roupas coloridas normais. Brincam entre si de bola e corrida como qualquer criança. 

Quando acaba o serviço religioso, os homens encontram as mulheres e as crianças, formando grupinhos de conversa. Ninguém liga. Nem eu, mas...quem é essa gente, como se comportam em casa, que educação dão aos filhos, como são no trabalho, etc. 

Dizem que são meus irmãos de fé. Mas, como, se fé não tenho? Como a maioria dos israelenses, os aceito com naturalidade, já que me disseram, não lembro, meu avô era, mais ou menos, como eles, o que aguça a minha curiosidade.

Minha avó, com a qual convivi, me contava que o avô, Moishe, apesar de viver numa pequena comunidade judaica, (em Salvador), não deixava de cumprir os rituais judaicos que trouxera da Europa.

De uns tempos para cá comecei a me interessar mais. Não por que estou, tardiamente,  sendo atraído para a religião (continuo ateu, agnóstico, no máximo), mas porque devo reconhecer que é parte integrante de minha cultura e meu povo. Por viver em Israel, posso me dar ao luxo de ignorar o judaísmo religioso. Na diáspora, não há outra maneira de manter a “loja” aberta.

Vou ao teatro idish porque tenho saudade da mamelushen falada correntemente em casa durante a minha infância. A religião jamais foi parte importante em minha vida desde garoto já que meu pai preferia ironisar tudo e nem lembrava de religião. Além disso, éramos “progressistas”. Religião em minha casa era um non-subjetct (não era assunto). 

Lembro vagamente que minha avó, de repente dizia em idish “Morgen is Sikess” (amanhã é Succot). Éramos tão pouco apegados à religião que em Yom Kipur, o único dia que meu pai não saia para cobrar a clientela, em vez de jejuar, comíamos um lauto almoço com a família reunida, finalmente. 

E se hoje não sou religioso nada se deve ao fato de meus pais não serem ligados à religião. 

Muito cedo, entendi, ajudado pelo professor Yaucht, através das aulas de “idishe Gueshichte” (História Judaica, em idish) que o Tanach (Torá) é composto por lendas baseadas em fatos históricos ocorridos ha milênios. 

Outras religiões, anteriores à Bíblia judaica, já descrevem acontecimentos muito semelhantes aos citados na Bíblia, a exemplo do dilúvio. Foi escrita, obviamente, por autores diversos, facilmente distinguíveis por diferenças de estilo e repeitições. 

Mas, gosto da Bíblia e já li (quase) inteiramente. Como o hebraico do Tanach é muito difícil comprei uma edição internacional em inglês atual.) Não a edição cristã da versão chamada King James Version, também complicada devido o inglês antiquado.

Suas histórias são fascinantes. Já trazem a marca registrada dos judeus de não elogiar excessivamente ninguém, com exceção de Deus que julgam ser um grande cabotino à procura de elogios. O nepotismo, por exemplo, já aparece de forma clara. 

Moisés nomeou seu irmão, Aron, para o mais alto e possivelmente, mais lucrativo cargo da época, o de Cohen Gadol (Supremo Sacerdote) e dirigente do Grande Templo em Jerusalém para onde eram trazidas dádivas generosas. Os judeus da época davam ao Templo de forma generosa, afinal, você não pode fazer economia em cima de Deus. 

Na Bíblia, porém, existem também passagens interessantes que fazem a alegria dos agnósticos como em Ecclesiastes onde o tema é a dúvida a respeito de tudo, inclusive a própria existência de Deus. (Continua. Como casam e fazem sexo no meio ultra ortodoxo).

MAIS UMA VEZ...NA ALEMANHA
Coincidindo com a publicação de um relatório sobre anti semitismo na Alemanha, na atualidade, e a visita de Merkel a Israel, o público israelense tomou conhecimento de uma caricatura de Mark Zuckerberg, inventor e dono do Facebook, publicada no jornal  “Suddeutsche Zeitung”. 

Mark Zuckerberg, o F da Facebook (o telefone representa a Whats Up) aos olhos do Suddeutsche Zeitung.
(Acima) Lembra tanto os “bons tempos” do jornal nazista “Der Sturmer que a Fundação Simon Wiesenthal, que acompanha e protesta, quando necessário, qualquer manifestação de anti semitismo publicou uma nota de protesto acusando o desenhista de anti semitismo sub consciente.
NUMA NOITE DE NEVOEIRO…
Ontem, o nevoeiro estava forte no norte e, certamente, no Líbano também. Os terroristas do Hesbolá, subestimando a capacidade da Força Aérea de Israel, mandaram os caminhões carregados de mísseis de longo alcance sair em direção ao sul do Líbano. 

F-15 israelenses
Os aviões israelenses, sempre alertas, não teriam visibilidade para impedi-los de chegar ao seu destino. Engano, os F-15 israelenses, que possuem visibilidade total mesmo sob nevoeiro, foram a seu alcance e destruiram tudo ainda antes de chegar ao Líbano. 
Assim, prossegue esta espécie de gato corre atrás e come o rato. O Hesbolá nada comentou. Não gostam de confessor derrota. 
OS CHINESES ESTÃO CHEGANDO…

Este foi o título dado pelo jornal Haaretz na reportagem contando sobre o fenômeno que está fazendo furor e tomando conta da indústria de Alta Tecnologia (Hi-Tech) em Israel. O jornal conta ainda que homens de negócio chineses estão dispostos a investir bilhões nesta área de negócios aqui em Israel.

Reconhecer que Israel tem muito a oferecer a investidores estrangeiros pode parecer exagerado dadas as dimensões da economia israelense. Não no setor da alta tecnologia, Israel é um dos poucos países a ter ações negociadas da Nasdaq (Bolsa especializada em ações de tecnologia avançada). 

Recentemente, a empresa Waze, cujo produto se destina ao setor de transportes, (dá a situação do tráfego em determinada cidade ou bairro em tempo real) criada por israelenses, foi vendida à Google por 980 milhões US$. Isto só para dar uma idéia de valores do setor em Israel.

Os chineses, que acumularam muito dinheiro durante os últimos anos graças ao seu  cantado e decantado boom, estão à procura de lugares e empresas para investir. Com o mercado de capital oferecendo taxas irrisórias, os chinese estão na praça em todo o mundo para investir o capital acumulado. 

Até pouco tempo, grande parte estava aplicada em Letras do Tesouro americano. Mas, estas, com os juros abaixo da inflação americana, deixaram de ser atrativas. Os chineses passaram, por isto, a procurar oportunidades em todo o  mundo. 

E Israel tem muito a oferecer, notadamente no setor tecnológico. Os orientais que passaram direto de uma economia socialista para a (quase) livre economia acompanham de perto tudo que se passa no mundo dos negócios. 

O pequeno, mas agressivo Israel, com seu potencial muito maior que sua dimensão física (os chineses não sendo europeus, não conhecem o anti semitismo e o pessoal do BDS (Boicot, Divest, Sanctions) que boicota Israel (dizem que só produtos dos territórios ocupados, o que não é verdade) pode gritar à vontade. 1,5 bilhão de bocas para alimentar falam mais alto. 

Por isto, está aqui uma delegação chinesa de alto nível à procura de negócios. Entrevistados demonstraram interesse eno know how israelense nos campos da aparelhos de medição e imagem em Medicina, métodos para aumentar a produção agrícola, preservação do meio ambiente, e até aero espacial. Segundo a mídia israelense, os chineses podem suplantar os EUA como principal fonte de capital.


Edouard Cukierman, Segundo da direita. O contato dos chineses em Israel.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

IRÃ QUER FAZER OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS


IRÃ QUER FAZER OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS
Por David Tabacof de Tel Aviv
Em Israel, o assunto Irã está na geladeira aguardando o desfecho das conversações com os 5+1. Ninguém, porém, se ilude que o assunto, ou melhor, o perigo iraniano tenha desaparecido. A retirada de algumas sanções de graça, quase, vai certamente animar os persas velhos comerciantes de baazar. 

Mas para que ningém pense que os iranianos não temem Israel e/ou alguma “loucura” de Bibi e seu governo de super direita. E algo interessante: A estação de TV oficial do Irã possui um filme que costuma exibir em dia de feriado nacional, simulando uma tentativa de ataque amricano-israelense contra o Irã. 

Os aviões atacantes, USAF e IAF, são todos destruidos ainda no ar, antes de chegar ao país dos ayatolás. E ai começa o revide contra Tel Aviv, Haifa, o reator atômico de Dimona, etc. 

Que, naturalmente são atingidos em cheio. Uma grande vitória da revolução islâmica contra o pequeno e o grande Satã. Alah al Achbar!(Alá (Deus) é grande.O filmete até que é razoavelmente bem feito, afinal, o Irã faz bom cinema e até tem diretor e filme (“A separation” que no Brasil deve ter sido ”Separação”) que ganhou um Oscar em 2012. 

Mas ninguém aqui  acredita que cineastas deste naipe se sujeitariam a fazer filmes de propaganda. É pura patriotada afim de levantar o moral do povo iraniano insatisfeito com as sanções impostas a seu país. E, principalmente, para o povo do Irã que teme algum ataque atômico israelense. 

A música de fundo são hinos, aparentemente islâmicos/militares. Enquanto isto, a negociações em Genebra recomeçaram. O ministro do Exterior persa,   Mohammad Javad Zarif que tem cara de simpático tio, já advertiu que novas sanções contra seu país, como propõem alguns senadores americanos, porá a perder tudo que foi combinado até agora. 

Que, em minha modesta opinião, não impedira o Irã de conseguir, num futuro próximo, algumas bombas nucleares. Quem viver, verá.


A bela Ashton dos 5+1 e o iraniano Javari-sorrisos, agora...

ABBAS PARECE CONCORDAR, MAS...

O ex 1º ministro Ehud Olmert declarou, estes dias, a propósito das negociações entre os dois lados, que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, é osso duro de roer. 

Olmert contou, numa entrevista ao jornal “Haaretz” que chegou a propor desmontar 75% das colônias, o retorno de 50.000 palestinos e a divisão de Jerusalèm entre palestinos e israelenses. Na Cidade Santa ficariam capitais dos 2 estados. 

A de Israel na parte ocidental da cidade e a do Estado palestino na parte árabes. Abbas ficou de estudar e dar uma resposta em1 ou 2 semanas. Entretanto, jamais tocou no assunto. Neste ponto árabes se paracem com brasileiros. 

Dizer não diretamente é grosseiro. Ai, no país da Copa, quando você não pretende sair de casa e alguém te convida a ir a um cinema, jamais diz “não”, prefere um “vamos ver...” e basta para saber que você não quer ir. Como Olmert mesmo disse: “passaram 2, 3, 4, 5 semanas e nada, entendi que a resposta era negativa.” 

Se Olmert fosse brasileiro teria entendido mais rapidamente.


Abbas-sem resposta

Volto hoje ao Presidente palestino porque o Secretário de Estado, aquele que Obama encarregou de arumar uma paz para ele justificar o Nobel,  adiou sua visita para a outra semana.

Às vezes, fico pensando quantos abacaxis o Dep de Estado tem que descascar. É problema (para uma super-potência) por todos os lados. Em diferentes terras e continentes. É a Síria e a guerra indecisa que mata centenas quase diariamente. 

É a Ucrânia pegando fogo. O ucraniano ficou p. da vida com seu governo quando este decidiu que preferia manter a aliança com a Rússia que entrar na Comunidade Européia. Imagine-se um ucraniano com a chance de agarrar um passaporte da CE e seu governo preferindo o abraço russo. 

Tocaram fogo no país. Ou a instabilidade no Egito. Ou o problema cabeludo da bomba iraniana ainda não resolvido. 

O terrosimo internacional, só para dar alguns exemplos. Vixe!  

ATÉ MERKEL PERDEU A PACIÊNCIA

Os nazistas fizerm o que fizeram, mas o fato é que os alemães,  no pós guerra, fazem tudo para agradar os judeus e seu estado: Israel. É o que um antigo político de Israel chamou de “a catarse alemã” frente aos judeus.  

Não é grande coisa dados os seis milhões que foram brutalmente assassinados. Mas, convenhamos, é melhor do que nada.

Após a fundação de Israel, os “chucrutes” ou “krauts” como os chamavam os soldados americanos durante a 2ª Guerra, pagaram bilhões de indização aos sobriviventes e a Israel. Apoiam o Estado judeu em todos os foros internacionais. 

Até a criação do Estado de Israel, dizem alguns, se deve ao Holocausto. Mas o teeeeeempo paaaassa, como dizia Fiori Gigliotti em dia de clássico, e a consciência alemã começou a perder peso. 

Continuam super amigos como provam os 3 suibmarinos atômicos e outras coisinhas mais com que presentearam Israel.

O estado alemão, graças à sua forte economia em contraste com a incompetência de certos dirigente europeus, passou a ser a salvação de algumas economias européias mais fracas. 

A República alemã hoje, manda, não pede, pelo menos na Comunidade Européia. A intransigência dos governos direitistas de Israel, porém, está colocando o apoio alemão numa posição quase insuportável. 

Esta semana, após o o feio incidente com outro alemão, Martin Schiltz, presidente do Parlamento europeu, quando discursava no Knesset, Bibi decidiu limpar a barra e telefonou a Markel para ver se o prejuízo fora grave, já que Schultz foi ofendido por aliados de Netaniahu. A atual “dama de ferro” (com a morte Thatcher. Merkel herdou o título) estava visivelmente zangada com o “qui pro quo”. Merkel aproveitou e deu uma grande bronca em Bibi. 



Na defensiva, Bibi alegou que os que gritaram condenando Schltz era gente que não representava a opinião do govreno, etc.

O que não colou já que Dna Ângela sabe muito bem quem é quem em Israel. Dizem que ela vive colada ao celular. Seus auxiliares lhe prestam conta todo o tempo. Ganhou até o apelido “sra. Celular”. 

Por isto, sabia muito bem que aqueles deputados mal-educados em gente de confiança de Netaniahu. Bibi pediu desculpas e o assunto, espero, foi encerrado.

AGORA, FOI A VEZ DE BIBI RECLAMAR

Estes dias, 1º ministro turco, Recip Erdogan levou um aperto/bronca de Barak Obama. Porque? 

Quando esteve aqui em março passado, Obama insistiu que Nataniahu desse um telefonema ao premier turco e pedisse desculpas pelo incidente com o barco turco, Mavi Mara, que se dirigia a Gaza afim de fazer uma provocação contra Israel. 

O barco foi interceptado ainda em alto-mar, o pau quebrou, deixando 9 turcos mortos. Apesar da vinda do barco ter tido o intuito de deixar Israel mal perante a opinião pública mundial, sua interceptação foi exageradamente violenta. 




Erdogan, que anda pensando que é um novo sultão otomano, ficou muito ofendido e por pouco não corta relações com Israel. Não chegou a este ponto para não criar problemas com os EUA. As relações entre Israel e Turquia, entretanto, sofreram um forte esfriamento. 

O esfriamento também não foi bom para os EUA que tinha nos 2 países seus melhores aliados no canto oriental do mar Mediterrâneo. Apos o telefonema, as coisas pareciam bem. 

Turistas israelense voltaram à Turquia, negociações para compensar as famílias dos mortos tiveram início. Quando parecia que estavam chegando a um acordo, Erdogan impôs uma nova condição: que Israel suspendesse o boqueio sobre Gaza, imposto a fim de impedir a entrada de armas. 

Bibi queixou-se a Obama que o empurrou ao pedido de desculpas que Bibi não queria. Obama, não teve dúvidas, colocou o assunto em sua ordem do dia e pretende cobrar o turco. Eu até estava com vontade de ir à Turquia no verão não cancelarei os planos.

Erdogan com sua máscara preferida: machão

EL AL ENTRA NA CAMPANHA DE PREÇOS BAIXOS

Ainda não perdoei a El Al por ter cancelado o vôo direto ao Brasil. Agora voltei a voar via Europa com mais tempo de viagem, riscos de atrasos e burocracia de segurança.
Mas, não era sobre isso que queria falar. A cia. Aérea israelense a fim de aguentar a concorrência com as européias está tendo qye baixar preços. No fim de março próximo começam os voos de baixo preço, onde se a passagem será mais barata, todo o resto é pago. Desde a bagagem despachada até um refrigerante a bordo. Vai começar com voos para 5 destinos para a Europa: Kiev, Berlim, Praga, Budapest e Larnaca em Chipre. Os preços serão diminuidos, mais ou menos, pela metade. E confirmando o que escrevi acima sobre a Turquia, o maior número de passageiros no mês passado foi para a Turquia. 

Diretor da El Al. Eliezer Shkedi,  anunciando os planos, esta semana

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PORQUE NATANIAHU NÃO TEM PRESSA


PORQUE NATANIAHU NÃO TEM PRESSA

Hoje um espírito futebolística invadiu esta coluna. Deve ser a febre da Copa atacando também em Israel. Mas, como ia dizendo, se comparar o processo de paz com uma partida de futebol, Nataniahu, me parece, está fazendo cera* (Fazer o tempo passar segurando o jogo para segurar o resultado.) 

Do outro lado, o presidente da Autoridade Palestina (AP) também parece inseguro e não tem coragem de assinar a paz com Israel o que significaria aceitar dar a maior parte da Palestina aos judeus. É voz corrente em Israel que se assinar e der o conflito por encerrado sem o direito de retorno dos refuugiados e sem  pelo menos metade de Jerusalém será morto por terroristas árabes.  

O El Qaida já anda por aqui. Ali na Síria. Abbas aceita dividir a cidade santa com Israel. Os semi-fascistas religiosos, que são parte do governo Bibi, dizem  “só sobre o nosso cadáver”. E volta tudo à estaca zero. Volta, não. Fica. Já que quase não saiu do lugar. 

O Secretário de Estado, John Kerry, coitado, encarregado por Obama para lhe arrumar uma paz qualquer a fim de justificar seu Nobel ainda nada tem a oferecer ao chefe em Washington. 

Acho que ficará assim mais uns 200 anos. Até que um meteoro de tamanho médio se choque contra a Terra e as religiões percam a força e chegue a hora do acerto de contas. Tenho minhas dúvidas se as religiões, apesar de ser uma fonte de guerras e males despareça. O que seria ótima notícia. Mas, quem atira a primeira pedra? Quem tem coragem de largar a muleta celeste, levante a mão. Só você?

BOICOTE A ISRAEL É PUNIDO NA FRANÇA

Quando Farida Trichine e 11 outros ativistas do BDS- (boicott, divestment, sanctions) organização anti-Israel, que atua na Europa, invadiram um Super Mercado na França e passaram a colar stickers com slogans anti-Israel sobre os vegetais importados do Estado judeu, ela sabia que seria expulsa do estabelecimento por policiais, como era normal e esperado. 

O que Farida não esperava, porém, era ser condenada por incitação ao ódio racial e multada em 500 euros. Foi extamente o que aconteceu num Tribunal de Colmar que baseaou a sentença na extensão da lei contra a descriminação racial e religiosa aos ativistas da BDS.

Farida considera illegal sua condenação e pretende apelar, contra o que chamou  de “condenação criminal por um ato puramente político.” Claro, que pelo nome, Farida, podemos identificá-la como árabe ou filha de, 54 anos de idade e sua condenação se baseou na “Lei Lelouche” que é o sobre-nome do deputado judeu que apresentou o projeto equiparando o boicote a Israel aos crimes de natureza racial e política. A lei foi aprovada em 2003. 

Observadores consideram a incomodativa presença de uma imensa quantidade de imigrante árabes-muçulmanos no país de Voltaire ajudou muito na aprovação. Os franceses estão ”cheios” da presence árabe que se espalhou por todo o país chegando a desequilibrar as eleições em certas cidades em favor de candidatos muçulmanos ou anti-Israel. 



Na foto acima, Farida Trichine, (terceira a partir da direita) cercada de ativistas do BDS em Mulhouse. Os “companheiros” de Farida nesta foto são comunistas ou árabes vivendo na França.

SÍRIA: SEM SOLUÇÃO À VISTA

“As conversações a fim de parar a guerra civil na Síria fracassaram” declarou o árbitro argelino, Lakhdar Brahimi, após um mês de tentativas em Genebra. Mas, qual é a surpresa, mr. Brahimi? 

Pelo contrário. Isto é o que se deve esperar, quando, de um lado, está um ditador sanguinário que já provocou, com seu apego ao poder, a morte de 140.000 compatriotas e segue tranquilamente recebendo dignatários estrangeiros em seu palácio, por enquanto seguro. Do outro lado não há coisa melhor, coitados dos sírios. 

Estes são uma legião estrangeira de fanáticos, capazes de matar famílias inteiras por amor a Alá, liderados pelo El-Qaida. Para mim, estava na cara que daria em nada. Os opositores exigiam a saída de Assad do poder, enquanto o presidente-ditador, desde o começo, havia declarado que não tinha a intençao de renunciar de maneira alguma. Na Síria só haverá solução se uma das partes perder a guerra. 

E Assad continua dominando a zona central de Damasco onde está o seu palácio. Neste tipo de revolta, onde as partes são fanatizadas, não pode haver solução pacífica. A Síria é um feudo econômico da famíla Assad que é dona de todo negócio rentável no país. Enquanto a El Qaida está tentando criar um califado no Oriente Médio que, mais tarde, se extenderá à Europa. 

Parada dura.

HAMAS CONTINUA BURRO, GRAÇAS AO SR. DO BOMFIM

Sou favorável à paz e concessões sem grande risco para Israel. Quanto ao Hamas, digo que jamais vi uma cambada de idiotas juntos dominando um pedaço de terra importante. O que fazem os caras do Hamas? 

Toda semana lançam foguetinhos em direção a Israel que, sistematicamente, caem no mato ao redor da Faixa. O que não cai no mato são as bombas que Israel arremessa do céu (aviação, ou drones) sobre Gaza. 

Israel tem procurado não atingir civis e tem conseguido. Causam, porém, destruição na infraestrutura militar do Hamas ou Jihad em Gaza. Os energúmenos, porém, não aprendem e lançam novamente matando alguns coelhos ou porcos do mato que infestam aquele matagal. O Hamas alega que não é gente sua e que se trata de grupos que agem de forma independente.

Para Israel, não interessa. Ou o Hamas toma conta, ou assume a responsabilidade.


Lançamentos de Gaza

A SOLUÇÃO ESTÁ NA JORDÂNIA?

Um dos motivos da tranquilidade em Israel. pelo menos, no momento, é a certeza que a Jordânia está, relativamente, calma. O jovem rei, Abdala II, educado na Grã Bretanha, tradição de algumas monarquias árabes, sabe onde reside seus interesses. Seu pai, o saudoso, rei Hussein, deve tê-lo ensinado os caminhos. 

Não se meta em encrencas nem procure conselho com os demogogos árabes. Nosso melhor interesse está na amizade com os EUA, que garante a não-intervenção de Israel nos assuntos do país, armas e dinheiro. 

Alguns israelenses bem posicionados, continuam insistindo que a solução da questão palestina envolve a Jordânia. Quer dizer, dada a exiguidade de território para acomodar 3 países (Israel, Jordânia e um Estado palestino), o ideal seria a a transformação da Jordânia no país palestino. 

Explico melhor: a Jordânia tem um imenso território e, pelo menos, metade sua população é de orígem palestina. Os revisionistas de Jabotinsky, aliás, incorporam a Jordânia como parte de Eretz Israel. A família real, obviamente, se opõe.

A Jordânia mantém laços de amizade com os EUA da qual é aliada. Hussein conversa quase que diariamente com os governates de Israel. Quer mostrar que é aliado de Israel, se bem que não publicamente.

Aliás, isto facilitou o trabalho para Clinton convecer Hussein a assinar a paz com Israel e espantar o dibbuk da possiblidade do país se transformar na Palestina. Mas, os tempos mudam e hoje, não sei por quanto tempo a jordânia poderá ficar fora.

Esta semana Abdala foi à Califórnia (Obama estava lá) falar com o presidente. A Jordânia está abrigando 600.000 refugiados da guerra civi na Síria e quer ajuda. Obama prometeu mandar 1 bi U$.



Obama e Abdala II da Jordânia na Califórnia esta semana

RADICAIS DÃO TIRO NA PRÓPRIA PERNA

Esteve em Israel esta semana o presidente da do Parlamento Europeu, o alemão, Martin Schultz. O hommem é conhecido como grande amigo de Israel na Alemanha. Por isto, foi lhe concedida a honra de falar no Knesset. Enquanto elogiou Israel, Prêmios Nobel, tecnologia, etc, foi tudo bem. 

Quando, porém, quis aconselhar o país a ser mais flexível nas negociações e não maltratar tanto os palestinos (Os colonos maltratam mesmo com a conivência do governo Bibi), deu-se o estouro. 

O líder do partido nacionalista religioso, Habait Haiehudi, (A Casa Judaica), que faz parte do gabinete de Nataniahu, interrompeu seu dicurso com gritos que fariam vergonha ao pior valentão de rua. “Fora”, “anti semita”, só não disse “nazi” porque é patente dos ortodoxos xingar policiais de Israel. 

Enfim, foi um espetáculo vergonhoso que deveria ser evitado por tratar-se de um amigo de Israel que declarou a um jornalista israelense: “Para mim, a nova Alemanha só existe para assegurar a existência do Estado de Israel e do povo judeu”. 

Outro jornalista e ex-parlamentar, Avrum Burg, que é amigo de Schultz de longa data, declarou: Ele (Schultz) é um intellectual brilhante que não abandonará seu apoio o Israel devido a gritos de nacionalistas  fanáticos. Como parlamentar, conhece o lance de adversários que perdem a cabeça. Quando vi aquele show de fanatismo irracional fiquei com vergonha de Israel. Idem, idem.


O president do Parlamento europeu, Martin Schultz discursando no Knesset. (Antes da tempestade).


RABINO SABE-TUDO NÃO SABIA QUE SERIA PROCESSADO CRIMINALMENTE

Há um rabino em Israel, seu nome é Yeshaiahu Pinto. Não sei qual é seu truque mas tem dezenas de figurões que o seguem e lhe dão muito dinheiro para entidades ditas de caridade, que a mídia de Israel diz que ele esquece e põe em sua conta. 

Sei que no Brasil, rabino, em geral, é coisa séria. Aqui em Eretz como muitos lá foram chamam Israel, há hiper-inflação de rabinos. São tantos e de tantos diferentes times, conhecido como cortes, que ninguém mais sabe quem é rabino e quem não é. Também, quem não é religioso, nem está ai. 

Só tomam conhecimento quando estes se metem em encrencas. Reconheço que não é fácil ganhar a vida aqui como rav. Exagerando, diria que há mais rabinos aqui que grãos de areia do Neguev. Por isto, talvez, alguns, cometem exageros. Como não acredito em nada que dizem*, não me interesso muito. 

Mas, voltando ao rav Pinto (vejam foto abaixo prá que brasileiro não pensar em outra coisa). Esta semana, Pinto foi indiciado por suborno de um dos big shots da polícia israelense, Menashe Arbiv, conhecido na mídia e na corporação como chefe do “FBI de Israel”. Também policiais de peso estão envolvidos.

O último grande empresário que seguia seus conselhos de Pinto, Nochi Dankner, provavelmente o mais rico empresário de Israel, foi...à falênca. Me digam vocês que acreditam nestas coisas: como pode um empresário de grande empresa  pedir conselhos de negócios a um simples rabino? Vocês provavelmente dirão “por isto ele foi à falência”. 

Mas, não é tão simples assim. Outros milionários e políticos continuam a consultá-lo. A grande pergunta é se ele vai voltar a Israel já que se encontra nos EUA ou talvez prefira Buenos Aires, terra de sua mulher. (A Argentina não tem acordo de extradição com Israel).



Acima, Pinto cercado de admiradores. De kipá branca, o policial FBI Israel, na ponta direita, Lev Lavaiev, milionário do ramo de diamantes.

DUAS EMPRESAS ISRAELENSES DE HI-TECH SÃO VENDIDAS

Duas empresas de hi-tech desenvolvidas por israelenses e com sede em Israel, foram vendidas esta semana a empresas americanas. Mais uma vez, israelenses “fazem a mala” com sua criatividade. 

A primeira, a Viber, uma espécie de concorrente da Skype, mas aplicável especialmente a celulares do tipo IPhone, foi negociada por 950  bi US$. O lance é que quando você manda uma mensagem a outro celular pelo sistema Viber, o tempo gasto não vai para dédito de sua conta.

A segunda, a SlickLogin, se destina a aperfeiçoar a segurança de sites e senhas em aparelhos móveis. A SlickLogin foi adquirida pela Google e seus fundadores serão absorvidos pela filial da mesma (Google) em Israel. 

David Tabacof - direto de israel - 17/02/2014