GANHANDO DE
UM LADO, PERDENDO DE OUTRO
Quem analizar, com atenção, o quadro apresentado pelo equilíbrio de
forças no Oriente Médio chegará à conclusão que jamais a situação de Israel foi
tão boa. Os inimigos mais ativos do Estado judeu, Irã, Síria, Hesbolá,
Hamas, etc. não têm a menor condição de enfrentá-lo com um grau mínimo de
suceso.
O Irã, após anos de sanções econômicas, necessitará muito tempo ainda
para pôr a casa em ordem. E mesmo que conseguisse construir alguas bombas
nucleares, na opinião da maioria dos observadores, inclusive em Israel, os
ayatolás jamais arriscariam a própria destruição usando armas nucleares contra
o Estado Judeu, Sabem que o revide seria arrasador.
E mais, ao contrário dos
que pensam alguns, o Irã que age com lógica. Tem uma grande classe média
urbana, que vive bem (antes das sanções, agora muito amenizadas) que não poria
em risco sua integridade física pela causa palestina.
Quanto a outro adversário, a Síria: esta está arrasada pela guerra civil
e, tão cedo não voltará ao ringue. A preocupação agora concentra-se na entrada
de forças ligadas ao El Qaida na luta síria. Com o fracasso total da
tentativa de pacificar as partes na Síria, isto é uma preocupação para o
futuro.
Quanto ao Hesbolá, este ficou enfraquecido graças à sua
intervenção no conflito sírio, onde sofreu grandes perdas. Como se vê e disse o
Secretário de Estado John Kerry e não precisava dizer já que está na cara, o
Oriente Médio após o que foi chamado erroneamente a “primavera árabes”, está
mudando rapidamente. A luta intestina entre as duas maiores seitas do Islã,
xiitas versus sunitas, está no áuge, após 1.300 anos de islamismo. (Entrem no
Google e escrevam xiism x sunism).
Um exemplo destas mudanças, esta positiva,
foi mostrada num dos canais de TV de Israel. Vimos um príncipe saudita dizer
textualmente “Israel poderá, após um acordo com os palestinos, representar um
papel positivo na região.”
Palavras como estas, seriam impossíveis ouvir de um
dignatário árabe há pouco tempo. Como se vê, se Israel conseguir fazer a paz
com os palestinos, algo que concordo, é complexo e difícil, poderá, graças á
cabeça judaica, tornar-se uma potência econômica e não só militar, respeitada
nesta região.
Tornar-se um país normal sem boicotes e, pincipalmente menos
dependente de armas e/ou vetos americanos no Conselho de Segurança.
PESSIMISTAS X OTIMISTAS
Dada a situação atual, o mais pessimista entre os
judeus ficaria feliz e tranquilo com o futuro de Israel. Mas será que podemos
ficar realmente tranquilos e otimistas? Eu diria, que, apesar de tudo, ainda
estamos longe de estar seguros e “normais”. E a culpa, também, está aqui mesmo,
em casa.
Neste momento, o Estado judeu está passando por boicotes e deslegitimazão
que lembram a África do Sul nos tempos que precederam a reviravolta que pôs fim
ao apartheid e à vitória de Mandela.
E grande parte do mérito cabe aos líderes palestinos mais moderados que, sabiamente, abandonaram a luta armada, de resto inutil contra uma potência militar do porte de Israel, preferindo trilhar o campo diplomática iniciando uma campanha, a fim de, sem violência, tirar a legitimidade do Estado Judeu, denunciando as suas arbitrariedades na ocupação dos territórios.
E grande parte do mérito cabe aos líderes palestinos mais moderados que, sabiamente, abandonaram a luta armada, de resto inutil contra uma potência militar do porte de Israel, preferindo trilhar o campo diplomática iniciando uma campanha, a fim de, sem violência, tirar a legitimidade do Estado Judeu, denunciando as suas arbitrariedades na ocupação dos territórios.
Ontem, uma estação de TV de Israel, mostrou casas
luxuosas construídas em colônias criadas nos territórios ocupados. Não é a
regra, mas demonstrou como será difícil retirar os 350.000 colonos, boa parte
fanáticos que querem restaurar o Israel bíblico, de seu conforto a 20, 30 minutos
do centro de Israel.
CONSIDERAÇÕES DE UM JUDEU INTELIGENTE QUE CONHECEU O
APARTHEID
O comentarista (Haaretz e NYTimes) israelense de
origem sul africana, Hirch Goodman, escreveu neste sábado no NY Times: “Em meus
tempos de teenager, deixei a África do Sul, o país onde nasci, para viver num
lugar que jamais havia sequer visitado, Israel.
Eu amava a África do Sul, condenava, porém, seu sistema de apartheid contra a maioria negra. Fui viver entre meu povo saindo das cinzas do Holocausto. Agora, quase 50 anos depois, após décadas de luta contra a acusação de ser Israel um país que pratica o aparheid, quando desmentia entusiasticamente a acusação afirmando que o que acontecia em Israel estava longe de comparação com apartheid aplicado na África do Sul, estou começando a ter a sensação que se ainda não somos a África do Sul pré Mandela, para lá estamos caminhando a passos largos”.
Citei Goodman porque estou tendo a mesma sensação. A continuação da construção de colônias nos territórios ocupados que são cercadas e guardadas pelo exército israelense e estradas construídas para uso exclusivo de judeus-colonos não poderá continuar indefinidamente.
A retirada de grande parte dos assentamentos, a fim de facilitar a criação de um Estado palestino, poderá até levar a uma luta armada com parte dos colonos. Nos próximos dias deverá ser apresentado o “plano de paz” dos EUA. O lado que recusar, poderá sofrer sanções por parte de Washington.
Eu amava a África do Sul, condenava, porém, seu sistema de apartheid contra a maioria negra. Fui viver entre meu povo saindo das cinzas do Holocausto. Agora, quase 50 anos depois, após décadas de luta contra a acusação de ser Israel um país que pratica o aparheid, quando desmentia entusiasticamente a acusação afirmando que o que acontecia em Israel estava longe de comparação com apartheid aplicado na África do Sul, estou começando a ter a sensação que se ainda não somos a África do Sul pré Mandela, para lá estamos caminhando a passos largos”.
Citei Goodman porque estou tendo a mesma sensação. A continuação da construção de colônias nos territórios ocupados que são cercadas e guardadas pelo exército israelense e estradas construídas para uso exclusivo de judeus-colonos não poderá continuar indefinidamente.
A retirada de grande parte dos assentamentos, a fim de facilitar a criação de um Estado palestino, poderá até levar a uma luta armada com parte dos colonos. Nos próximos dias deverá ser apresentado o “plano de paz” dos EUA. O lado que recusar, poderá sofrer sanções por parte de Washington.
A imagem de Israel na Europa está tão ruim que quando
viajo e encontro pessoas, até ali desconhecidas, prefiro dizer que sou
brasileiro. Cansei de ter que defender Israel, acusado de cometer crimes contra
a população palestina.
AMOR A ISRAEL
Estes dias, com as visíveis dificuldades nas conversaçõe
de paz em curso com os palestinos de Autoridade Palestina (o Hamas em Gaza está
fora), patrocinadas pelos EUA, tenho a sensação que é tudo inútil dada a
teimosia tanto de Israel como dos palestinos em não ceder o mínimo necessário à
pacificação entre os 2 povos com a criação de um Estado palestino vivendo em
paz, ao lado de Israel.
Palestinos erram em insistir na volta dos refugiados e Israel na manutenção da ocupação.
É triste e sinto muito ter que trazer estes comentários para os judeus brasileiros que demonstram tanto amor a Israel.
David Tabacof - direto de Israel - 03/02/2014
Palestinos erram em insistir na volta dos refugiados e Israel na manutenção da ocupação.
É triste e sinto muito ter que trazer estes comentários para os judeus brasileiros que demonstram tanto amor a Israel.
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