segunda-feira, 31 de março de 2014
UM PANORAMA ATUAL DO MUNDO ÁRABE - VISTO DE ISRAEL
UM PANORAMA ATUAL DO MUNDO ÁRABE - VISTO DE ISRAEL
Interessante que poucos países do mundo se interssam tanto
pelo que acontece em sua vizinhança como Israel.
Vocês por acaso seguem,
tirando o futebol talvez, de perto o que acontece no Uruguai, Perú, Argentina e
menos ainda no Chile, Equador e Guianas. Estes últimos, talvez muitos de nossos
patrícios nem sabem, exatamente, onde ficam. Não em Israel.
Aqui, até o que
acontece no longínqui Sudão interessa. Da Síria ao Sudão, passando por Iraque,
Egito, Arábia Saudita, Qatar e a oeste para os 4 países árabes da África do
Norte, (Egito, Argélia, Líbia e Marrocos), Yemen, etc.
E a razão é simples: São
todos inimigos formais do pequenino Israel. Até a Malásia, tornada famosa pelo
desparecimento do avião há poucas semanas, não reconhece Israel porque o país
tem maioria muçulmana.
A animosidade real, entretanto, se concentra no mundo árabe.
E tem tradição que vem desde que os judeus começaram a sonhar com a volta à
Palestina após quase 2.000 anos de ausência. Parte da região, neste momento, se
não é um vulcão ativo, pode, pelo menos em tese, explodir e cima do Estado dos
judeus, sem aviso muito prévio. Israel emprega equipes de pesquisadores que
passam os dias analisando as tendências político-militares destes países.
Já que todos interessam façamos um giro a fim de ver o que
se passa em cada um, visto a partir de Ramat Aviv e Internet.
Líbano: O problema israelense com o chamado país dos cedros
é a presença do Hesbolá. O Líbano, por si só, não seria problema. Os libaneses
de Beirute são como os judeus de Tel Aviv. Gostam de praia, restaurantes e vida
noturna intensa. Querem paz para aproveitar a vida.
Mas, o Líbano tem um
câncer: a organização xiita libanesa, Hesbolá que é um inimigo implacável, e já
guerreou com Israel diversas vezes. Seu fanatismo islãmico xiita, mais radical
que o sunita, é uma ameaça permanente.
É bem preparado e por fazer parte do
eixo Síria, Irã, Hesbolá (o partido de Alá, em árabe) recebe muito armamento do
Irã, inclusive mísseis que cobrem todo o terriório israelense. Felizmente, o
Hesbolá se transformou num partido político e, por isto, suas ações podem ser
debitadas ao Líbano como um todo.
O que quer dizer, se o centro de Israel
(aeroportos, estações de eletricidade, só para dar 2 exemplos) for atingido, o
Líbano poderá ser levado ao século IXX pela aviação e mísseis israelenses. o
que é uma excelente forma de segurar os fanáticos islâmicos. Além disso, o
patido de Alá está lutando e perdendo gente e armas na Síria.
Síria: Por enquanto,a Síria está fora de combate devido ao
conflito interno que envolve o Irã (indiretamente) e o Hesbolá diretamente.
Israel não tomou partido. Ambos são inimigos ferrenhos. O futuro da Síria,
entretanto, preocupa, vença quem vencer.
O ideal é a continuação dos combates.
Quanto mais tempo, melhor. Pode ser cruel devido o preço pago por inocentes,
mas guerra é guerra. Infelizmente.
Jordânia: Por enquanto, tudo bem. O rei é nosso. Israel
impedirá, mesmo militarmente, qualquer ameaça à ao regime do rei Abdala II. Alguns
em Israel consideram a Jordânia poderia ser parte da solução do conflito com as
palestinos, no futuro. Mas, isto é uma longa história.
Egito: Este é o mais forte e importante país árabe entre os
viznhos. E a situação no país é também a mais interessante. Após marchas e
contra-marchas, o país voltou à linha de
partida.
Dos ditadores, Nasser, Mubarak e agora Al Sissi, passando por um breve
momento de “democracia” dos Irmãos Muçulmanos, há 2 anos.
Hoje, o antigo país
dos faraós é governado por uma junta militar, presidida pelo General, Al Sissi,
que já anunciou sua candidatura a presidente quando deverá receber 97,5% dos
votos. Os 2,5% contra é para provar que o pleito foi limpo. Candidatos da
Irmandade Muçulmana foram todos vetados.
Iraque: Mesmo após a saída de Saddan através da intervenção militar
americana, o Iraque não está bem. O terror, que chegou com a luta entre xiitas
e sunitas pelo poder, promove dia sim, dia não, atentados suicidas, ou não, nas
ruas de Bagdad e no resto do Iraque.
É grande o número de mortos. Mas a mídia
ocidental está mais preocupada com o mistério da avião da Malásia.
Arábia Saudita, Emirados e principados do Golfo: Com excção
do Qatar, cujo emir tem mania de grandeza por sediar a TV Al Jezeera, de grande
audiência, o resto segue a Arábia Saudita. Estes dias, Barak Obama esteve em
Riad conversando com monarca saudita Abdel Aziz Ben Saud.
Os sauditas têm medo
da bomba iraniana. Dizem que se o Irã não for detido, serão obrigados a entrar
na corrida nuclear. Como? Gastarão o que for preciso. Até comprar alguma bombas
do Paquistão.
Os sauditas dizem que o Irã vizinho, quando tiver força para
tanto, pretende se apoderar de seu petróleo. O Irã (xiita) tem 80 milhões de
habitantes e a Arábia Saudita (sunita) apenas
27 milhões (grande parte estrangeiros).
Norte da África: Os países árabes, do norte na África
que interessam a Israel são: Egito,
Argélia, Líbia, Marrocos e Tunísia. A importância e a proximidade do Egito já
comentei acima.
Quanto aos outros: Argélia ainda sofre com as feridas das
inúmeras guerras civis nos úlimos 60 anos, inclusive a da independência contra
a França.
A Líbia, após a derrubada de Kaddafi está sob controle. O Marrocos
jamais foi um inimigo real dos judeus e de Israel. A Tunísia, a pioneira da
chamada “primavera” está calma e até a democracia está funcionando.
Gaza: Esta faixa de terra dominada pelo Hamas terrorista,
dá pena.
Gritam que ainda vão libertar a Palestina, mas estão isolados. Pelo
mar a marinha de Israel não deixa passar nada. Por terra, o Egito dos militares
fecharam muitos túneis pelos quais passavam mercadoria e armas.
Até segunda
ordem, seriam perigosos se quisessem se suicidar de uma vez por todas e mandar
seus míssies de 2ª categoria a Israel. A Força Aérea de Israel faria a limpesa,
as tropas entrariam e adeus Gaza/Hamas. Porque Israel ainda não liquidou esta
fatura?
Não vale a pena perder um soldado sequer. E Gaza saiu da
responsabilidade de Israel com o desmonte das colônias na faixa há 8 anos.
Existem mais alguns inimigos potenciais como Sudão, Yemen,
etc. Mas sua população precisa de comida e não de guerra e por isto estão
deixando para outros a “heróica luta pela Palestina”.
Mapa do Mundo Árabe:
NATANIAHU EXIGE QUE OS PALESTINOS (ABBAS) RECONHEÇAM ISRAEL
COMO O ESTADO JUDEU. MAS, O QUE É MESMO O ESTADO JUDEU?
Não pretendo entrar na armadilha de definir o que é ser
judeu e menos ainda responder o que é, exatamente, um estado judeu. Se seguir a
realidade dos fatos, Israel é o estado dos judeus porque assim o reconheceu a
ONU e a maioria das nações. Israel é a soberania nacional dos judeus.
Não sei até que ponto chegaram as atuais conversações entre
palestinos e israelenses, que ainda não acabaram, oficialmente, mas, podem dar
em nada como quase todos previam.
Pelo acordo inicial, Israel deveria soltar algumas centenas
de prisioneiros palestinos cumprindo pena por atividades hostis. Que vão desde
o simples terroristas ao jovem que atira uma pesada pedra num veículo
israelense trafegando nos territórios ocupados.
Pelo acerto inicial, seriam libertados
160 prisioneiros como gesto de boa vontade aos americanos e porque John Kerry
pediu, insistiu. Sairão, (o lote inicia já deixou a prisão há 3 meses) em lotes
a cada 2 ou 3 meses.
De repente, Nataniahu decidiu que os palestinos devem,
antes de mais nada, reconhecer Israel como o “estado judeu”. E ameaça não
libertar o próximo lote previsto para esta semana.
Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina,
entretanto, recusa-se a reonhecer Israel como o estado dos judeus. “Arafat já
reconheceu Israel nos Acordos de Oslo em 1995” diz Abbas, portanto este assunto
não está na ordem do dia. Bibi diz que se não reconhecerem agora, outra vez, e
textualmente o estado como judeu, não haverá soltura prevista para este dia 31,
amanhã.
Enquanto os palestinos dizem que sem soltura, acabaram-se as
negociações atuais. O Secretário de Estado, John Kerry “padrinho” da criança (a
atual rodada de negociações) deve estar chegando a fim de tentar salvar a
situação.
UMA BOA REVOLUÇÃO
Só este ano, nada menos de um bilhão de smartphones foram
vendidos e estão em uso no mundo.
Há, entretanto, uma parte da população que
não consegue dominar com faclidade a novas tecnologias: as pessoas acima do 60
anos. O que é uma pena para ambas as partes: para os produtores e para esta
parte da população que necessita de um aparelho mais “sabido” (smart), mas não
conseguem navegar neste mar tecnológico.
Uma empresa israelense UIU mobile está
lançando uma aplicação (tela) que poderá permitir aos “velhos” se beneficiar.
Dá gratuitamente uma aplicação que simplifica nuito o uso das smarfones. Na
frente, na cara da tela, na abertura aparecem apenas 6 itens, Contatos – Dialer
– Messaging – Camera - Gallery e Aplications.
Um click em gallery a poderá ver
as fotos guardadas. Em Contatos os nomes dos amigos e fornecedoresm em Dialer
aparecem os teclados com números a ser discados. Em Camera, se transforma numa. Etc etc etc.
Abaixo, exemplos de telas.
terça-feira, 25 de março de 2014
MINISTRO FALOU O QUE NÃO DEVE
MINISTRO FALOU O QUE NÃO DEVE
Estes dias, Israel está “aceso” ante delarações de sua
maior autoridade em assuntos de guerra e paz, o Min. da Defasa, Moshe Yalon,
também chamado, não sei porque, de Bugui.
“Não se deve jugar pessoas pela cara”, aprendi quando
vi como esta maneira de julgar nos leva a cometer erros, às vezes,
imperdoáveis.
O atual ministro da Defesa da Israel, o acima mncionado, Moshé
(Bugui) Yalon é um destes caras que te levam a pensar “ai está um sujeito com
cara de idiota que terminará se saindo mal”.
Mas, segurei as pontas. Afinal,
Yalon fôra Comandante em Chefe das Forças Armadas de Israel. Como é comum aqui,
um ex-militar graduado termina entrando na política ou é nomeado diretor de uma
grande corporação. Yalon entrou no gabinete de Nataniahu já que, como diz, não
acredita nos árabes.
É “linha dura”.
Yalon em foto recente.
O tempo passou e Yalon demonstrou que, às vezes, a
cara do sujeito é, realmente, o espelho de sua personalidade. Min. da Defesa em
Israel, por razões óbvias, é o cargo mais importante, após o 1º Ministro.
Não
que tenha levado o país a alguma derrota militar. Não houve guerra em sua
gestão...felizmente. O problema do homem é sua absoluta falta de desconfiômetro
quando se trata do relacionamento de com os EUA.
Há 2 meses, referindo- se ao Secretário de Estado
americano, o senador John Kerry, enviado de Obama a fim de tentar um acordo com
a Autoridade Palestina, Yalon afirmou “Kerry é um messiânico à procura de um
Prêmio Nobel...”.
Quando o comentário chegou a Washingon, a repercussão
negativa foi imediata. Em primeiro lugar, Kerry é o ministro de Exterior dos
EUA, o país graças ao qual Israel continua existindo até hoje. E todos sabem
ser Kerry um amigo comprovado de Israel desde seu tempo no Senado, vota sempre
de forma favorável a tudo que Israel pede.
Falar bobagem uma vez, pode ser um lapsus liguae, ou
um “lapis língua” como diz meu amigo Dudú lá no interior da Bahia. Semana
passada, porém, Yalon volta ao “lapis” afirmando, publicamente, que “os EUA
estão acovardados frente à Rússia no caso da Ucrânia”, que “a América está
demonstrando falta de firmeza na liderança do mundo livre...Kerry não sabe o
que está falando quando diz não ser necessário os palestinos reconhecer Israel
como estado judeu, etc”
Desta vez, quase todos concordam, passou da conta. Em
Israel, xingar os EUA é como xingar Deus. Ou até pior, já que se Deus ainda não
provou a sua existência, posso ver da minha janela os aviões F-15 e F-16
fornecidos por Uncle Sam.
Na verdade, o que disse Yalon é bastante próximo
da verdade. A idiotice do ministro israelense foi dizê-lo em público. E
todos sabem que em muitas instâncias a verdade doi mais que um insulto.
Será que
Yalon está dando os primeiros sinais de Alzheimer e esquecer que
num mundo cada vez mais hostil ao estado judeu, este deve ficar muito
agradecido por ter um país amigo como os EUA, que lhe fornece armas avançadas
que garantem a sua superioridade ante um mundo árabe enlouquecido.
Que já vetou
dezenas de propostas anti-Israel no Conselho de Segurança da ONU e lhe
presenteia todos os anos com mais de 3 bilhões de dólares. Se na primeira
mancada de Yalon, há 2 meses Bibi não lhe mostrou a porta da rua agora seria
hora de fazê-lo. Mr. General Bugui Ayalon: deixe os jornais atacarem Obama e os
EUA.
Um ministro israelense tem a obrigação de agradecer. Discordâncias, e elas
existem, só em recinto à prova de vazamentos. Nataniahu também tem culpa pelas
besteiras de Yalon. Indeciso crônico, ele mesmo não anda muito satisfeito com a
política americana na região.
Mas, no caso de Ayalon, não há dúvida, teria que
demiti-lo. Por enquanto, o ministro pediu desculpas. Mas de maneira tão oblíqua
que não foi aceita pela Casa Branca. Lembra a história do prego que você bate
na parede e depois retira.
O buraco, porém, permanece. Ah que saudade de
Barbara Tuchman e seu livro “The march of folly, no Brasil,“A marcha da
Insensatez”.
AINDA QUE MAL PERGUNTE...
Praticamente comprovada a ocorrência do Big Bang, a
grande explosão cósmica ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos que explicaria
o nascimento do universo.
Por isto, gostaria de saber como fica a
narrativa bíblica dos sete dias necessários a Deus para criar o mundo? E
se Deus criou o Big Bang, como argumentam agora os religiosos, para que uma
explosão tão grande a fim de criar este nosso planetinha perdido na Via Láctea?
Aguardo resposta.
HORA DE DAR UMA CHANCE
O lobby israelense nos EUA andou sondando
congressistas e senadores a respeito. O Estado judeu quer mais sanções contra o
Irã.
Não só não afrouxar o nó. Mas, apertar ainda mais. Israel, com razão, não
acredita que os persas abandonem seu objetivo de obter armas nucleares. Como
diz a mídia em Israel “frente aos milenares comerciantes de baazar persas, o
negociadores ocidentais não têm chance”.
Reconhecendo que erraram ao eleger
Ahmedinajad, um mico ameaçador, que falava besteira a torto e à direita,
decidiram colocar no poder um presidente que usa o sorriso e a cara de um tio
bonachão afim de aplicar o golpe da bomba, sem dor.
E está dando certo.
Dai, Nataniahu acionou a AIPAC (o lobby israelense em Washington)
que não teve moral para reavivar o assunto.
Até Hillary Clinton, com chances de
ser a candidata Democrata à presidência, declarou ante uma audiência de judeus
americanos: “Antes de
novas sanções, devemos dar tempo às negociações.”
Acredito que, dado o preço alto que Israel teria que
pagar ante um revide iraniano, deve-se realmente dar tempo ao tempo.
Quanto às negociações, devo dizer que, vivendo em
Israel aprendi a conhecer a mentalidade prevalente entre os árabes muçulmanos.
Fui à fonte, consultei o Corão. Que afirma textualmente que se necessário,
pode-se mentir.
Corão 16:106 “Há circunstâncias que compelem um
muçulmano a mentir.”
Corão 2:225 “O que vale é a intenção e não as palavras.”
E
mais uma dúzia de versículos que permitem enganar o adversário. Resumindo, em
inglês de onde tirei este material:
“Taken collectively these
verses are interpreted to mean that there are circumstances when a Muslim may
be "compelled" to deceive others for a greater purpose.
Trad. “Tomados
coletivamente, estes versículos devem ser interpretados que, frente a uma causa
maior, o muçulmano pode ser compelido a enganar.
Retirado do The Religion of Peace.com - Islam:
Taqiyya and Lying. Um site islâmico.
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