quarta-feira, 25 de junho de 2014

SEQUESTRO AINDA SEM SOLUÇÃO


SEQUESTRO AINDA SEM SOLUÇÃO
Os 3 jovens (dois de 16 e um de 19 anos) sequestrados quando voltavam para casa na noite do dia 12 de junho último, à noite, ainda não foram encontrados.
Supõe-se que tenham pegado uma carona com desconhecidos numa estrada nos territórios ocupados (Cijordânia) onde fica a yeshiva onde estudavam e moravam no regime de semi-internato. Após uma semana na yeshiva voltavam para casa a fim de passar o shabat.
Nenhuma organização assumiu o rapto.
O governo Netaniahu acusou o Hamas, o suspeito habitual. Mas não pode provar, inclusive porque ainda não apareceu o sequestrador ou sequestradores.
Por via das dúvidas, procurou jogar a culpa no Hamas já que não acredita que a Autoridade Palestina permitiria tal ato. Pelo contrário, a polícia palestina (de Abbas) colabora com Israel e acompanha de perto as buscas. Esta semana, numa reunião da Organização da Cooperação Islâmica na Arábia Saudita o presidente da AP, Mahmud Abbas, fez um discurso surpreendente.
Declarou frente a delegados de 57 países de maioria muçulmana, que “este sequestro é contra- producente e uma agressão à Autoridade Palestina.” Naturalmente, estas palavras causaram reações negativas entre diversos países árabes presentes que chegaram a acusar Abbas de “colaborador com a ocupação sionista”.
Algo semelhante aconteceu na reunião da Comissão de Direitos Humanos da ONU, quando a mãe de um dos sequestrados acabou de falar, imediatamente os delegados do Líbano e Egito atacaram a oradora denunciando a ocupação como o verdadeiro responsável pelo sequestro.
Como os sequestrados e suas famílias vivem em colônias na Cijordânia não está havendo unanimidade na condenação ao rapto. Um jornalista de esquerda moderada acusou os próprios colonos pelo sequestro, afirmando que a contínua contrução e/ou ampliação das colônias que levaria fatalmente a este tipo de reação.
Os 3 sequestrados:

RADICAIS ÁRABES GANHAM FORÇA
Na verdade, os acontecimentos na região fortalecendo os radicais árabes no Iraque e na Síria estão provocando um ambiente de pessimismo generalizado em Israel. Este fim de semana, dois articulistas de esquerda do Haaretz publicaram artigos muito pessimistas sobre as perspectivas de paz.
Alguns se perguntam hoje “e se Israel tivesse devolvido o Golâ à Síria e recuado para as fronteiras de 67?” Há uma sensação de desesperança na paz. E não sem razão. O crescimento do radicalismo islâmico é visível.
E não especialmente com relação a Israel. De qualquer maneira, quando chegar, por exemplo, a hora de falar em Jerusalém, a possibilidade de acordo é zero. Sem falar  em outros cenários nada agradáveis.
O surgimento de organizações ultra radicais islâmicas na Síria e no Iraque pintam de negro o cenário. Não que a segurança de Israel esteja seriamente ameaçada. Mas, complica uma situação já muito complicada.
Ontem, os americanos anunciaram a possibilidade de bombardear forças radicais muçulmanas atuando no Iraque.
CURTAS E BOAS
A)    Um série de programas de TV especiais sobre a comunidade ortodoxa de Israel mostrou que os ultra ortodoxos estão em crise. Há um número crescente de gente abandonando a ortodoxia. Uma família de 9 pessoas (casal + 7 filhos) foi entrevistada e se diz feliz com a decisão. “Foi como sair da prisão”, disse a mãe.
B)    Prisioneiros palestinos que estavam fazendo greve de fome decidiram parar e comer. A greve era protesto contra a demora de levar a julgamento alguns detentos.
C)    O ator Michael Douglas e a mulher, a não menos famosa Catherine Zeta Jones, estão em Israel a fim de comemorar o Bar Mitsva de seu filho. A rigor, seu garoto não é judeus já que Zeta Jones é cristã. Mas o velho Kirk, avô do menino insistiu e o filho Michael obedeceu. 
D)    O Presidente Shimon Peres, prestes a deixar o cargo para Rubin Rivlin, vai a Washington esta semana. No encontro com Obama vai, mais uma vez, pedir ao presidente americano que perdoe o espião Jonathan Pollard, preso há 28 anos.
E)    Durante as buscas à procura dos garotos sequestrados na Cijordânia 4 palestinos armados que impediram a entrada dos soldados em sua casa, foram mortos. Mais de 300 ligados ao Hamas foram presos e trazidos para Israel.
F)    A expectativa de libertação dos sequestrados não é boa já que diversos políticos israelenses importantes pretendem apresentar um projeto de lei impedindo trocas de civis sequestrados por palestinos presos. Se forem militares (soldados) a conversa é outra. No caso de Gilad Shalit, Israel libertou 1.027 palestinos. Mais de 100 já voltaram à prisão por reincidência.

G)    O povo americano está insatisfeito com a atuação de Barak Obama no que diz respeito ao Iraque. Após uma guerra que custou a vida de quase 5,000 soldados americanos e 32.000 feridos, sem contar os milhares que apresentam, até hoje, sinais de trauma pós- guerra. Até hoje muitos ianques se perguntam se valeu o preço já que o único lucro visível foi o aprisionamento, condenação e execução da Saddam Hussein. E o Iraque está novamente em perigo de cair em mãos de islâmicos radicais.


Obama se dirige a seu carro numa rua de Washington DC (cercado de guarda costas)



segunda-feira, 16 de junho de 2014

INFERNO, PARAÍSO E SEQUESTRO

INFERNO OU PARAÍSO?


A luta no Iraque entre xiitas (no poder) e uma nova organização radical islâmica, de orientação sunita, que tem o sugestivo nome de ISIS, e poderia ser em homenagem à linda deusa do antigo Egito, mas não é,muito pelo contrário. É sim, o acrônimo de Islamic State of Iraq al Sham. Dizem aqui que o ISIS deixa o El qaida para trás em matéria de terror islâmico.

que poderá abrir uma nova e perigosa frente de luta aqui ao lado de Israel. Os iraquianos têm todas as razôes para ser um povo infeliz, Após livrar-se, com a ajuda americana, do sangrento ditador,  Saddam Hussein “imach shmo” (que seu nome seja apagado) vê agora a sua terra novamente em guerra, desta vez contra árabes muçulmanos do ISIS que como escreveu Gustavo Chacra em sua coluna o Estadão “,,,, cortam o pênis, estupram a mulher e crucificam seus rivais”.
Em poucas palavras, esta região, como numa praga dos deuses, não consegue sair do círculo vicioso de guerras inter - islâmicas. Além da Síria, em guerra entre o governo Bashar Assad, apoiado pelo Irã e Hebolá xiitas, contra um bando de opisicionistas sem bandeira definida, chegou a vez do Iraque. Em mais uma derrota para Obama que pensou poderia retirar-se do Iraque sem deixar
está caindo cada vez mais num estado de cáos altamente caótico de lutas de fundo religiosos, Uma situação da qual será muito difícil sair sem que antes muito sangue venha a ser derramado. Provavelmente, árabe matando árabe, como manda a tradição muçulmana já que a maioria sunita considera os xiitas, infiéis. E infiél deve morrer como ensinou o Profeta Qur’an:9:5 “Fight and kill the disbelievers wherever you find them, take them captive, harass them, lie in wait and ambush them using every stratagem of war.” E em vernáculo: Lute e mate os descrentes onde você os encontrar, tome-os prisioneiros, faça dele o seu escravo, não os deixe em paz, espere por ele usando todos os estratagemas de guerra”. E este é apenas um dos dezenas de mandamentos do Corão tratando de castigo aos “infiéis”. Sendo o fundamentalismo religioso: a obrigação de cumprir o que manda a lei (religiosa) sem choro nem vela, total e sem desculpas de outras interpretações. Ora, os xiitas são considerados infièis pelos sunitas, dai podermos inferir o que vem para o Iraque, nesta era pós Saddam e post intervenção americana. Quanto ao fundamentalismo, doença que ataca qualquer religião, nem sempre os mandamentos são levados ao extremo. Até no judaísmo, desrespeitar o sahabat é punido com a morte. No Egito, por exemplo, a Irmandade Muçulmana foi banida num golpé miitar conduzido pelo General El Sissi.
O mundo árabe está vivendo um inferno, sua situação real, ou ir para o paraíso de Mohamed se conseguir matar um grande número de infiéis. E eu que não pedi para nascer, o que direi?
Os mapas foram traçados pelos colonizadores de forma aleatória sem levar em considerção oa diversos grupos religiosos e povos que ocupavam o lugar, em geral,, pacificamente
Em primeiro lugar, lembremos que a divisão do Oriente Médio, entre os diversos países árabes feita em 1916 pela comissão anglo-francesa Syke-Picot, após a sua tomada da Turquia, foi feita às pressas sem levar em consideração peculiaridade próprias de cada regiâo. Por exemplo, juntou sunitas e xiitas na mesma unidade. Durou até o início da chamada “primavera árabe” quando as diferenças vieram à tona, especialmente na Síria, Turquia e Líbano.  Muito bem, dirá o leitor, “e Israel como fica nesta balbúdia”? Ainda não dá para saber.


                                    UM SEQUESTRO PREVISÍVEL

As forças de segurança de Israel estão realizando uma caçada monstro afim de encontrar três jovens, aparentemente, sequestrados na última 5a feira no meio da noite. Voltavam da yeshiva onde estudamnos territórios coupados onde vivem. 
A polícia recebeu um telefonema às 22.30 daquela noite e uma voz sussurou: "Estamos sendo sequestrados". Só à 5 da manhã os serviços de segurança foram alertados. Este atraso de mais de 6 horas para iniciar as buscas permitiu a fuga tranquila dos sequestradores para muito longe do local do sequestro. Israel é um país de pequena dimensões e em 6 hora dá para ir até o Sinai egípcio ou para os sul do Líbano. Se bem que se acredita ainda estejam em Israel e o objetivo seja trocá-los por palestinos presos em Israel. As forças de segurança de Israel estão realizando uma vasta operação à procura dos sequestradores e suas vítimas. Até agora (14 hs do dia 16/06), porém, nada foi encontrado. 
Sempre houve apreensão dada a presença de quase 400.000 israelenses nos territórios ocupados. Para lhes dar segurança, o exército israelense desloca dezenas de milhares de soldados para a Margem Ocidental ocupada Os colonos, porém, se consideram em casa e trafegam tranquilamente pela região. Os 3 jovens voltavam para casa vindos da Yeshiva onde estudam, ao lado de Hebron, para passar o fim de samana. Dois dos sequestrados tem 16 anos e o terceiro, 19.
Israel está totalmente mobilizado à procura dos rapazes. Uma lei apresentada ao Knesset esta semana, em regime de  urgência, proibe a troca de sequestrados por prisioneiros palestinos. O caso de Guilad Shalit. que foi permutado por mais de 1.000 prisioneiros palestinos, entre eles alguns pesados, com sangue israelense nas mãos, não se repetirá, dizem os proponentes da lei 
Enquanto isto, por não saber a quem culpar, Bibi culpa o Hamas, "os suspeitos usuais" (arrest the usual suspects) como diz Claude Rains no filme Casablanca.








JUDEU PODE SER ANTI-IMIGRAÇÃO?

Judeus europeus estão vivendo um dilema: como encarar a imigração legal, ou ilegal, e o comportamento de muçulmanos para seus países. Carregando a carga de ter tido muitos dos seus correligionários recusados entrada durante a fuga do nazismo, ou no cáos do pós- guerra na Europa, muitos judeus têm dificuldade de consciência afim de simpatizar com leis anti imigratórias, hoje dirigidas, especialmente contra países ou pessoas procedentes do norte e nordeste da África, onde predomina a religião islâmca. Se por um lado temem o  crescimento do número de muçulmanos no contnente europeu, têm dificuldade de consciência em participar de manifestação anti-islâmicas. Afinal milhares de judeus tentando fugir do nazismo tiveram as portas da Europa fechadas quando mais precisavam. Hoje na França, por exemplo, a maioria dos ataques contra judeus são cometidos por imigrantes proveniente do norte da África muçulmana. Judeus franceses recém chegados a Israel nos últimos anos contam que sua aliá (imigração para Israel) foi provocada ou acelerada pelo crescimento da influência árabe em seu país. Contam que os judeus evitam, ou se recusam, a usar qualquer coisa, em público, que o identifique com judeus a exemplo de kipá, corrente com estrela de David, etc.
Abordo hoje este assunto, porque nas últimas eleições para eleger representantes da França no Parlamento Europeu, o partido de direita, cujo líder até recentemente era Jean Marie Le Pen, considerado anti-semita, obteve tal votação que elevou seu status, tornando-se a segundo partido mais votado pelos franceses.
Felizmente, Jean Marie (père), já não lidera mais o partido que hoje sua filha Marine Le Pen está na presidência do Movimeto. Jean Marie (o pai) se revelou anti semita quando dclarou pubicamente que “a perseguição e a morte de judeus na 2ª Guerra (o Holocausto) não passou de um detalhe no quadro geral do conflito”.  Recentemente, fez uma outra “gaffe” de caráter recista contra o cantor judeu-francês Patrick Bruel, propôs a internação pela força de aidéticos. Considerou a seleção francesa de futebol “muito pouco frabcesa por conter muitos negros” e mais algumas pérolas que não vale a pena repetir.
Recentemente, porém sua filha, Marine Le Pen, assumiu a presidência do partido (Movimento Nacional). Denunciou algumas frases do pai, considerand-as gaffes políticas com as quais não concorda. Estes dia deu uma entrevista a um canal de TV de Israel onde condenou a posição que chamou de “intransigente” dos árabes. Disse que aceitaria com prazer visitar Israel.
Em minha opinião, Marine é apenas mais prática que seu pai. Concordando com a maioria dos franceses que não gosta dos muçulmanos, considedos por eles “um câncer no corpo da Europa”, ele conquista a simpatia dos judeus, dos outros europeus e dos norte americanos como a demonstrar que para chegar no topo não pode ser abertamente, racista. 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ISRAEL TEM NOVO PRESIDENTE
David Tabacof
De Tel-Aviv para A TARDE


Após cumprir 7 anos de mandato, Shimon Peres deixa a presidência de Israel. O  Parlamento já escolheu seu substituto. Ser o deputado, Rubin Rivlin, um veterano político de direita moderada israelense. Se bem que no regime parlamentarista de Israel o presidente seja uma figura apenas representativa, sua influência é inegávelmente grande. Peres, que deixará o cargo dentro de poucos dias, foi um exemplo de presidente que ultrapassou sua condição de mera representatividade. Esteve em tudo e todas e não hesitava em dar a sua opinião contrariando o 1º ministro Netaniahu que não gostava da “intromissão indevida”. Afinal, Peres era francamente favorável à criação de um país palestino, enquanto Nataniahu, apesar de concordar formalmente, jamais mostrou disposição real de concordar com um Estado palestino.O novo pesidente que deverá tomat posse no próximo dia deverá apoiar a política do 1º ministro Bibi Nataniahu. Rivlin deverá tomar posse no dia 25 de juulho próximo.
Foi uma disputa demostrativa do baixo nível atual da política israelense. Após a retirada da candidatura do deputado trabalhista, Ben Eliezer, acusado de peculato e com investigação em curso na polícia, a lista de candidatos foi reduzida para cinco. Foram nexessárias 2 votações já que na primeira rodada nenhum dos candidatos obteve os 61 votos (metade mais um entre os 120 membros do Knesset) necessários parase eleger no primeiro escrutínio.
Muito lamentável a derrota fragorosa da candidato Dan Shechtman, prêmio Nobel de Química que obteve apenas 1 voto. A outra candidata apartidária, a juíza aposentada do Supremo Tribunal, Dália Dorner, tambem foi duramente derrotada, obtendo apenas 12 votos.

Muitos analistas desligados de interesses político-partidários e preocupados com a crescente má imagem de Israel, lamentaram a derrota dos 2 candidatos que poderiam melhorar cara do país no exterior. Predominou a política rasteira do “te dou hoje para receber amanhã”. Lamentável...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

TROCA DE SOLDADO É CONTROVERTIDA


TROCA DE SOLDADO É CONTROVERTIDA

Soldado Bowe Bergdahl
Sempre considerei ridículas as acusações que o pres. Obama seria muçulmano disfarçado, como acusam alguns Republicanos fanáticos, sendo esta a razão porque é “contra Israel”, etc. 
Esta última troca de um prisioneiro americano, o sargento Bowe Bergdahl, por cinco prisioneiros em Guantánamo, onde se encontram os mais perigosos entretanto, deixou muita gente nos EUA, Europa e Israel com a velha “pulga atrás da orelha”, como se costumava dizer de algo estranho que tem mais coisa escondida do que se vê à primeira vista. 
O militar americano era problemático, Havia desertado quando foi aprisionado pelo Taliban. Desconfia-se que queria tornar-se muçulmano e mudar de lado. As investigações já começaram. No Congresso e Senado em Washington crescem as críticas a Obama pela troca.
Bowe ficou preso pelo Taliban por 5 anos. Neste período, aprendeu a ler o Corão no original (em árabe), chegando a perder a fluência em inglês. 

Filmes distriubuidos pelos sequestradores (Taliban) mostram o americano sendo muito bem tratado e seu apelo para que as condições impostas pelo movimento islâmico, Taliban, sejam satisfeitas. 

Em outras palavras, que cinco dos mais perigosos líderes do Talibam, presos em Gauntánamo, fossem soltos. A aceitaçao da permuta contradiz a posição de Washington de “não negociar com terroristas”.

A ficha dos 5 talibans soltos é péssima,  Até o jornal libanês, Daily Star” publicou editorial criticando a troca sob o título: “Com seu ato, os EUA aumentaram o risco de terrorismo.”
Vejam abaixo a “pinta” dos libertados: gente fina, sem dúvida.



O ASSASSINO DE BRUXELAS ESTEVE NA SÍRIA


Na semana passada, alertamos aqui para o perigo representado por jovens cidadãos de países ocidentais, portadores de passaportes americanos e da Comunidade Européia, voltando para casa da Síria, onde lutaram como voluntários de Allah”, contra o regime de Assad. 

Obviamente, chegam devidamente indoutrinados para odiar os “infiéis” e, se necessário, matar e morrer em nome de Alá. 

E um primeiro caso já apareceu:o cara que assassinou 4 pessoas no Museu Judaico de Bruxelas, por exemplo, esteve na Síria lutando ao lado do El Qaida. Sem mais comentários...

Abaixo, o suspeito:



O TEATRO HAMAS + Autoridade Palestina (AP) continua

Cada dia me convenço mais que esta união Hamas + AP não passa de um meio de trazer o Hamas para as negociações de maneira a não envergonhar seus dirigentes entre os radicais do mundo árabe. 

Ontem, tomou posse o gabinete formado por representantes dos dois grupos. São todos tecnocratas. Ou seja, jamais se envolveram com violência. Condição imposta por Abbas para a formação do novo gabinete sob sua direção.


Como escrevi aqui na semana passada, esta união é de “araque”, “é puro teatro”, etc. Para Israel, entretanto, pode não ser ruim. 

Porque? Enquanto a Autoridade Palestina negocia, colabora e, obviamente, reconhece Israel (desde que parte das colônias sejam removidas), o Hamas ainda não anulou o ítem de sua carta de princípios que pede a criação de um país palestino em lugar de Israel, mesmo que seja necessário destruir o estado judeu por meio de luta armada.

Em Israel, por enquanto, esta  tentativa de associação entre Fatah (Abbas) e Hamas é como tentar misturar água com óleo. Você pode colocar as duas substânias num copo e mexer à voltade. Elas jamais se misturam.

(o Hamas). 


Por estas e outras, após muita indecisão, decidiram partir para encontrar alguma solução que minore o sofrimento da população de Gaza. Deus ou Alá são muito bons de rezar para. Pita e humos, porém, ele não fornece.

Neste caso as duas partes sabem disto. Então porque este exercício inútil, perguntará o leitor. Não é inútil e tem explicação. O Hamas fracassou em sua administração em Gaza. 

O desemprego campeia e falta de tudo. E mesmo que não faltasse,  a população (salvo alguns apaniguados do regime) não teria dinheiro para comprar. O povão, mesmo sob pregações diárias de imans, palavras de ordem nas paredes e grandes cartazes, provavelmente, acentuaram seu islamismo. 

Mas, e o pão? O emprego? Perguntem a Alá. O descontentamento em Gaza é grande e o povo culpa o governo.


Além disso, com grande atraso, aliás, passaram a desconfiar que seu sonho de eliminar Israel do mapa não passa de uma fantasia. 

O estômago e a realidade pedriaram e decidiram tornar-se mais realistas e procurar conseguir o possível nas circustâncias. 

E já que Abbas, o ex-traidor da causa, é, na realidade, um homem prático, está negociando... Decidiram adotar seu caminho. Negociar com Israel enquanto é tempo.

Isto, entretanto, ninguém em Israel confirmará. Mas há coisas estranhas acontecendo, acreditem.



ENTRADA PELO LADO    


Mas. não entrarão direto, afinal não reconhecem o “imigo sionista”. Mas tentarão evitar o erro de 1948 quando deixaram suas casas à espera  que os exércitos árabes acabassem com Israel no nascedouro. 

Um erro que levou os palestinos à sua situação, hoje, quando ainda vivem em campos de refugiados. 

Deverão, se alguma reviravolta não acontecer no mundo árabe, se juntar a Abbas a fim de conseguir trazer alguma prosperidade a Gaza. O que viu o Hamas?

O palhaço, Bashar Assad está promovendo estes dias uma eleição no velho estilo ditatorial árabe. Terá “apenas” 98.7% dos votos a fim de mostrar que as eleições foram livres. Afinal 1,3% votaram contra, “livremente”. Este pleito está sendo realizado em meio à guerra civil que já deixou 170.000 mortos. Metade, crianças.

No Iraque, continuam os atentados suicidas, ou não. Uma agência da ONU informou que só no mês de maio último, morreram 2.200 pessoas em atentados.O Líbano está sem 1º Ministro há 3 meses devido a uma crise.

No Egito, as coisas estão voltando ao normal. Um outro Mubarak, o general Al Sissi, tomou o poder, acabando coma festa da Irmandade Muçulmana (aliada do Hamas). Até o Irã parece disposto a um acordo.

Fica a pergunta: o que quer o povo de Gaza, aposto que desejam pão, trabalho em Israel e traquilidade. As maiores vítimas continuam sendo os refugiados palestinos espalhados pelos países árabes vizinhos que não lhes permite se integrar a fim de manter a problema dos refugiados aceso.

Em tempo: Hoje,05/06, Nataniahu declarou que não haverá negociações com a AP enquanto “os terroristas do Hamas estiverem no poder (junto com Abbas). 

Já os americanos, europeus, China e outros aplaudem a união. Continua o faz de conta. 

Believe me.