quinta-feira, 31 de julho de 2014


UMA NAÇÃO DE REFUGIADOS LUTANDO PELA SOBREVIVÊNCIA

Algo que poucos dedicam um raciocínio mais profundo é ser Israel uma nação de refugiados. Na 1ª, 2ª ou 3ª geração, somo todos refugiados.
Hoje vou tentar explicar a aparente insensiblidade de Israel frente ao sofrimento de palestinos não envolvidos diretamente na luta.




Em Israel, até hoje, o Holocausto está presente na vida de todos. Anualmente, delegações de jovens judeus visitam os campos de extermínio nazistas na Polônia, principalmente, Aushwitz, o pior de todos. Também  no currículo das escolas israelenses o ensino do Holocausto ocupa um lugar de destaque.
Como consequência, fica a impressão para o jovem judeu que este é um  mundo cruel para seu povo. Dai, a conclusão: é preciso defender este pedaço de terra (Israel) a qualquer preço. Qualque preço no sentido literal da expressão. Morrer e matar. Mesmo que entre seus inimigos, em determinado momento, encontrem-se inocentes, não podemos deixar de atacá-lo, mesmo porque estes podem ter sido colocadoa ali propositadamente. Que é o caso atual em Gaza. Afinal, esta é uma luta afim de preservar esta fortaleza , conquistada com sangue suor e lágrimas a que demos o nome de Estado de Israel. Eu mesmo, como muitos outros, fizemos aliá como um resposta ao Holocausto e dentro da máxima “never again”. E se alguém ousa atacar ou apenas ameaça atacar, nos sentimos no direito de usar tudo que for necessário afim de defender este refúgio. A criação de Israel foi um dos raros momentos de lucidez da humanidade com relação aos judeus.
Tínhamos que acabar de uma vez por todas com a imagem dos judeus como sendo uma manada de cordeiros sendo levada, à vontade do dono, para o matadouro. Sem resistência armada e aos olhos indiferentes do mundo. Quando leio que os aliados se recusaram a bombardear, durante a 2ª Guerra, os campos de extermínio “por terem objetivos mais importantes” ficava deprimido. Hoje, mesmo cometendo alguns erros, estamos marchando para um futuro melhor onde qualquer judeu, esteja onde estiver, tem um refúgio garantido. Por isto, a aliá da França está alta mesmo com foguetes  caindo sobre 2/3 do território israelense.
No caso específico deste conflito é preciso lembrar que Israel não luta contra um Estado, mas contra uma organização terrorista que usa métodos despidos de moral ou respeito pelo ser humano, ou seus próprio filhos usados como escudo humano. É uma guerra dura.  Mães judias estão enterrando filhos que é o pior castigo que o diabo inventou.
Quanto ao conflito em si, o governo israelense decidiu ontem ampliar e aprofundar o ataque. Nataniahu ficou indeciso devido ao preço alto em vida de jovens soldados e a repercussão negativa no exterior.Com o apoio unânime do Gabinete decidiu segur em frente. O objetivo no. 1 é a destruição dos túneis que trazem os terroristas até dentro do território israelense. Chegam armados até os dentes e já saem atirando contra quem estiver na mira, Seja uma velha de 90 anos ou uma criança de colo. O objetivo é um só: matar judeus.
Os kibutzim que cercam a faixa de Gaza estão quase desertos já que mulheres e crianças foram levados para kibutzim fora do alcance do Hamas. Israel continua bomardeando fortemente posições dos terroristas em Gaza. E palestinos inocentes também estão morrendo já que são os escudos por trás dos quais se escondem os terroristas. O Hamas aprendeu que não tendo força militar para enfrentar Israel levou a luta para a mídia, conseguindo algum sucesso, notadamente, entre alguns dirigentes   da América Latrina.

O relacionamente com os EUA também está sofrendo. Obama, depois da porrada  que os americanos levaram no Afganistão, está acovardado. Mandou seu Secretário de Estado, John Kerry afim de negociar um cessar fogo. Até agora não tiveram sucesso. O Hamas não quer parar afim de dar a impressão que resistiu bem à potência militar, Israel. Aliás, já estã dizendo que ganharam esta. Como acreditam nas próprias fantasias, estão botando banca. Não perdem por esperar. Quando forem obrigados a sair dos buracos onde se encontra sua liderança verão que sua fantasia não passava de fantasia.  

terça-feira, 29 de julho de 2014

                                       






UMA GUERRA QUE NÃO SE CONSEGUE TERMINAR


Logo no início do conflito, Israel aceitou a proposta de cessar fogo dos EUA. O Hamas disse que aceitava, mas continuou a atirar. Ou melhor, continuou a mandar misseis, principalmente para os kibutzim e cidades perto de Gaza. Felizmente, continua sem pontaria. Se fossem certeiros, centenas de israelenses seriam atingidos e, provavelmente, mortos. Ontem foi um dia ruim para Israel. Nada menos de 5 soldados e 5 civis foram mortos por morteiros de menor diatância que não são detectados pelo sistema anti-míssil porque não sendo mísseis, trafegam a baixa altitude.

Apesar de tudo, o moral da população está alto. Sabem que é necessário acabar com a ameaça dos mísseis e o sistema de túneis do Hamas. Israel não está lutando contra o povo palestino, mas contra o terrorismo do Hamas. Nem a maioria dos países árabes gostam, ou apoiam o Hamas. O Egito odeia esta organização radical porque sabe que não passa de um filhote da Irmandade Muçulmana retirada do Poder pelo General Al Sissi há pouco mais que um ano. Idem a Arábia Saudita que tem no Hamas um inimigo. A Síria e o Hesbolá sendo xiitas tambem não gostam do Hamas que é sunita. Por isto, esta guerra deveria ser fácil. O Hamas, porém, é inspirado pela fé religiosa islâmica que promete o Paraíso para os "shahidim" (os que morrem pelo Islã) não temem morrer já que acreditam piamente que irão para o Paraíso. Sua motivação, portanto, é fantástica. Esta (Hamas) é uma força armada que é o sonho de qualquer general. Seus soldados não se incomodam, nem um pouco, em morrer.






Por outro lado, as mortes de palestinos, inclusive crianças, se dá porque Gaza é super populosa e os terroristas usam a sua própria gente como escudo. Além disso estão colocando armas em escolas e jardins de infância a fim de culpar Israel por crimes de guerra quando este atacar estes depósito de armas. Ontem mesmo, um míssil lançado do terraço de um Hospital explodiu no momento do lançamento, matando e ferindo os que estavam por perto. O Hamas correu a culpar a aviação israelense. "Vá provar que sua irmã é virgem" como se diz aqui.

Por isto morrem tantos civis e crianças. Se dependesse de Israel, não morreria uma criança sequer. Mas, infelizmente, guerra é guerra e incentes são vitimados como em todos os conflitos armados.

Israel aceitou o cessar fogo logo no início, O Hamas, porém, se recusou. Hoje sabe-se porque. Construíram uma imensa rede de túneis e queriam que Israel entrasse a fim de surpreender os soldados de Tzahal. O que conseguiram, parcialmente. Após esta guerra, o governo terá que esclarecer como permitiu que os túneis fossem contruídos sob seus pés.

Ontem, 28/07 deveria entrar em vigor um cessar fogo que não foi respeitado pelo Hamas. Esta organização não tem apoio sequer no mundo árabe. Mas, precisa mostrar serviço. E está mostrando, infelizmente. O fanatismo japonês durante a II Guerra, como o exército americano pode comprovar, não fosse o bombardeio atômico em Hiroshima e Nagasaki o conflito continuaria por mais um ou dois anos causando centenas de milhares de vítimas.

Ninguém se arrisca prever se esta guerra ainda vai demorar até chegarmos a um cessar fogo de verdade. O Hamas, como toda organização fanática, é imprevisível.

O principal problema para Israel é a rede de túneis que partem de Gaza e chagam ao fim abertos em cidades, kibutzim, escolas, etc. Boatos, não confirmados, contam que o Hamas pretendia fazer um ataque-surpresa a Israel em Yom Kippur deste ano, quando centenas de terroristas atravessariam, simultaneamente, os túneis, pegando todos de surpresa, matando e sequestrando dezenas de israelenses afim de trocá-los por seus presos em Israel. "

No próximo blog contarei como os americanos quase pisaram na bola quando apoiaram o plano turco qatari em vez do plano egípcio para um cessar fogo e o desarmamanto do Hamas.

terça-feira, 22 de julho de 2014



                            UMA GUERRA DURA

Em seu décimo quinto dia, ainda não foi encontrada uma fórmula que possa satisfazer as partes a aceitar o fim das atuais hostilidades. De seu lado, o Hamas aceita cessar o fogo em 3 condições: 1)Suspensão do bloqueio por terra, mar e ar imposto por Israel, 2)libertação dos presos que haviam libertado na troca por Guilad Shalite e que Israel recolocou na prisão após a morte de 3 jóvens adolescentes 3) a abertura total das entradas para Gaza localizadas uma em Israel e outra no Sinai egípcio. Israel não aceita e pede primeiro cessar o fogo e depois discutir o resto.
Confesso que a pricípio pensei que seria mais fácil levar o Hamas a uma rendição dada a disparidade de forças. Israel é uma potência militar e o Hamas um bando de guerrilheiros sem aviação, tanques ou canhões. A resposta pode estar na guerra do Vietnã onde a super potência (USA) terminou pagando um alto preço. A moderna aviação israelense bombardeou duramente a faixa e os míssieis do Hamas continuaram a cair em Israel, especialmente na região mais próxima de Gaza. Qual a razão, perguntará um observador. Simple:
O Hamas construiu uma imensa rede de túneis difícil de descobrir ou bombardear. Dizem hoje os israelenses, exagerando, que existem 2 Gazas, uma de cima, visível, e a outra debaixo da terra. Aliás, o Vietcong fez algo parecido no Vietnam.
Assim, o principal objetivo de parar com as remessas de mísseis, transformou-se numa tremenda complicação já que os foguetes são disparados de lançadores  muitas vezes invisíveis para a aviação. Dada esta situação, o principal objetivo passou a ser a descoberta e destruição dos túneis. A batalha está dura e Israel até a hora deste boletim (13hs) já perdeu 27 soldados mortos e mais de 100 feridos. 
Por incrível que pareça os mais de mil foguetes lançados contra Israel só mataram um civil. Isto graças ao sistema Teto de Ferro de invenção e aperfeiçoamento israelenses com a ajuda financeira americana. 

                     CONTRA CESSAR FOGO

Quando esta batalha terminar o governo terá que explicar sua inação frente à criação da Gaza subterrânea. Aparentemente, Israel sabia da exitência dos túneis. O moral em Israel está caindo à medida que o conflito se prolonga. Todos, como eu, pensavam que seria mais fácil. Nota-se até na face dos apresentadores na TV. As estaçoes concelaram grande parte de sua programação para se dedicar a esta conflito. Afinal todos tem amigos cujos filhos estão no fogo. O uso de celulares pelos militares está proibido porisso há grande incerteza. 
Hoje, Israel confirmou que está faltando um soldado. Ele estava junto com mais cinco num blindado que foi atingido. Aparentemente, todos morreram. Quando contaram os corpos notaran a falta de um. Não se sabe se está vivo, morto ou ferido. E se é o militar que estaria em poder do Hamas. 
A maioria dos ex militares graduados, hoje na reserva, manifestam-se CONTRA UM CESSAR FOGO AGORA. Dizem que já que entrou, Tzahal tem que ir até o fim e acabar com a força dos terroristas por muitos anos. 
A morte de civis palestinos claro que exietem mortos e feridos civis muma guerra dentro de uma zona densamente povoada. A maioria das mortes,entretanto,  deve-se ao Hamas que usa civis como escudo humano. Enquanto Israel manda avisar que vai bombardar, tal objetivo pedindo aos civis que deixem o local, já que ali se encontra tabém um depósito de armas, o Hamas ameaça quem deixar o local. Quer embaraçar Israel. Atacam com foguetes e procuram paralizar uma resposta israelense enchendo o local de civis a fim de acusar Israel de "crimes de guerra".
Como se vê, lutar contra terroristas islâmicos fanáticos é muito difícil dada sua indiferença frente à vida de seus próprios irmãos.
Obrigado pela atenção dispensada, até amanhã.

Túnel que vem de Gaza para território israelense



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domingo, 20 de julho de 2014


11:40 Tel Aviv 20/07/14

                                  A BATALHA CONTINUA 

Acabo de assistir cerca de uma hora de transmissão das estações de TV israelenses, a CNN, a BBC e a Al Jezzira pró-árabe. Transmitem diretamente de Gaza. Os relatos dão conta da fuga de dezenas de milhares de moradores do centro da cidade de Gaza para prédios públicos destinados a acolhê-los. Muitos nada levam por falta de tempo. Alguns carregam uma trouxa. Alguns são seguidos por crianças. Fico no dilema se devo ter pena, ou não, já que são inimigos. Penalizado ou não, é uma tragédia que o povo palestino trouxe para si mesmo. Já deveriam ter aceitado Israel há 65 anos. Lutam contra a História. Este é o destino dos que lutam contra a marcha da História. Mas, voltando à Gaza...
Como os lançamentos de Gaza não pararam, mas apenas diminuiram um pouco estes dias, Israel não teve outro jeito senão entrar com tanques e soldados afim de tentar parar de uma vez com os foguetes que castigam Israel há anos. Por isto, desde ontem Israel, após avançar alguns km adentro da Faixa, está atirando e bombardeando áreas extensas dentro de Gaza. Os canhões, ajudados pela FAI, não param mais que alguns segundos entre um tiro e outro. O objetivo é "amolecer" a resistência dos adversários para a entrada terrestre. Gaza, principalmente seu aglomerado de casas e prédios a que chamam a cidade é super populosa. A maior densidade demográfica do mundo. Será um ataque difícil já que cada casa pode acolher homens do Hamas protos ao suicídio contando que leve alguns soldados israelense consigo. Ontem, Israel descobriu a mostrou ao representante da ONU uma escola que era um grande depósito de armas.Mais tarde, o mesmo se deu com uma mesquita.
O temor israelense que se concentrava nos mísseis vindos de Gaza agora é com o destino dos soldados prestes a entrar. Todos sabem que haverá baixas. Quantos, ninguém sabe.
As principais cidades da Europa estão fervendo com manifestações anti Israel. Até em N.York e Santiago do Chile foram atingidas, diz CNN.
Aqui neste bendito Oriente Médio, a divisão está ficando clara. O Egito do general El Sissi e a Arábia Saudita & satélites torcem por uma vitória de Israel. Os dois países têm problemas com radicais árabes. Síria e Iraque estã vivendo uma guerra interna e não dão muita atenção ao que acontece aqui. Os maiores apoiadores do Hamas são a Turquia do néo antissemita, o turco Recip Erdogan e o Qatar que pretende sediar a Copa de 2022. Até lá, qui lo sá.
Como vocês vêm, Israel continua lutando pela sobrevivência. Vejo que a comunidade judaica do Brasil está se mobilizando. Col Hakavod. Alguém me mandou um pequeno filme se uma deputada brasileira, não-sei-o que Feghali atacando ferozmente Israel. Depois soube que era do Partido Comunista. Não podia ser diferente após o munumental fracasso da URSS. Ficaram sem causa. Usam a legenda do partido como trampolim para arrumar emprego de deputado em Brasília. ~
Volto amanhã se o Sr do Bomfim permitir.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

          

                            Sol
Soldados israelense esperando ordens 

                              UM ATAQUE NECESSÁRIO

Apesar de sua superioridade militar, Israel se conteve afim de impedir a perda de vidas de ambos os lados. Houve tentativas de estabelecer um cessar fogo, que frcassou. Até o neo anti semita, o presidente turco, Recip Erdogan quis ser mediador junto com Qatar. Israel, naturalmente, recusou já que mediador tem que ser neutro.
O principal intermediário foi o Egito. Mas, quando Nataniahu viu que o Hamas queria muito mais do que merece ou tem força para exigir para cessar o fogo, ordenou a invasão. A vida na região de Israel ao redor de Gaza estava se tornando impossível. Dezenas de mísseis estavam caindo diariamente. Se bem que mais 90% era neutralizado pelo Teto de Ferro, as crianças da região estavam ficando prematuramente neuróticas devido aos seguidos alarmes anti-aéreos. E eu pergunto: qual páis no mundo aceitaria tal situação sem reagir?
Crianças de 7,8, 9 anos voltaram a fazer xixi nas calças pelo medo de ouvir as sirenes anunciando a chegada de mais foguetes. E não era um ou outro míssil. Os lançamentos estão sendo feitos por lançadores múltiplos de 6 ou 8 de uma vez. Ontem às 21.30 tivemos que correr para o abrigo. 
Para entender melhor, vocês deveriam ouvir os caras do Hamas botando a maior banca, Ameçando destruir todo os sul de Israel. Mas como árabe radical é árabe radical, a ameaça faz parte de seu arsenal de fantasias com as quais se enganam a si mesmos e a seu povo. Com isto tentam amedrontar os israelenses. Esquecem que fomos nós os inventores da psicoanálise e quando eles estão chegando nós já estamos saíndo. Conseguem sim assustar as crianças israelenses. 
Esquecem que esta é a nona guerra que enfrentamos desde a fundação de Israel e não é qualquer bla-bla-bla que vai influir.
Infelizmente, há quem acredite em suas mentiras. As manifestações promovidas pelo triângulo formado por anti semitas, socialistas à procura de uma causa e imigrantes muçulmanos da Europa já estão em ação. Preparem-se. Mais manifestaçãoes virão. Os cães ladram e a caravana passa, como diz um provérbio árabe. 
O ataque começou esta noite. Quando escrevo, 17 horas Israel (11 do Brasil) um soldado israelense e já  morreu e mais de 20 militantes palestinos já perderam a vida. 
Por fim quero mandar um recado à comunidade brasileira. Tzahal é forte a age com cautela.
Mais boletins virão.    


quarta-feira, 16 de julho de 2014


COMO ESTÁ SENDO ESTA GUERRA


Dois leitores me pedem para dar impressões de como é a vida baixo bombardeios de foguetes, praticamente, 24 horas por dia. A explicação pode ser longa ou curta. Darei a curta.
1) Depende onde você vive. Se acima de Haifa, está tranquilo, salvo 2 ou 3 lançamentos sem rumo que vieram de palestinos refugiados no Líbano que não causaram danos salvo uma ou outra galinha atingida. Da Síria, onde o pau está quebrando entre o governo Assad e seus adversários, de vez em quando sobra para Israel. Ou seja, um míssil ou tiro de canhão cai do lado de cá. Não provoca danos, mas Israel jamais deixa de responder com artilharia sobre a fonte do tiro.
2)  Se você vive em Tel Aviv até uns 20 km ao sul de Haifa, alguns mísseis têm caído sem causar vítimas. Após o início do alarme, em Tel Aviv, você tem 1 minuto e meio para chegar a um local protegido. Aqui, no prédio em que vivo, há uma abrigo anti aéreo num andar abaixo do térreo, o que no Brasil seriam as garagens É um salão com luzes elétricas acesas todo o tempo já que a luz do sol não penetra. Há cadeiras, dois WC químicos e uma pequena saída que dá no quintal do prédio. Não é desconfortável. Há também, no atual conflito, dado o relativo baixo poder explosivo dos mísseis, a possibilidade de permanecer no próprio andar, no hall frente aos elevadores, mas longe de janelas, se houverem.
 3)Ao sul de Tel Aviv, porém, a partir de Ashdod e ao longo da costa até Gaza e para dentro (leste) ao redor de Gaza, a vida está complicada devido à quantidade de lançamentos. O hamas tem um enorme estoque de pequenos foguetes com um máximo de 70/80 km de alcance. E assim todo o sul está no raio de ação dos mísseis. Falei em 1 minuto e meio, mas isto é para quem está em Tel Aviv. O tempo disponível para se abrigar depende da distância de Gaza.
 4) O anti-missil kipat barzel (teto de ferro) tem alacançado e derrubado quase todos. Ontem aconteceu a 1ª morte. Um homem estava fora do alcance do de teto de ferro e foi atingido por destroços de um fogiete derrubado. Por isto a instrução de só deixar o abrigo 10 minutos após o alarme.
 5)Dá para ouvir o estrondo da interceptação, mesmo dentro do abrigo. Na primira vez, assusta. Depois, vira rotina. 
 6)Apesar do Hamas ter rejeitado o cessar fogo, as negocialçoes continuam. Para a ditadura islâmica do Hamas é fácil. Quem sofre é o povão que está em Gaza onde não há alarme nem abrigos. Alá tem que correr atrás, mas às vezes chega atrasado. Por isto os mais de 200 mortos e quase 1.400 feridos. 
  Hoje à tarde, aconteceu a primeira tragédia.Crianças que brincavam na praia de Gaza foram atingidas por bombardeio de navios israelenses. (Israel ataca também do mar.) Morreram 5 crianças. Culpa do Hamas que não aceitou o cessar fogo.        
  7)  Quando soa o alarme, um som que ouvi pela primeira vez há 41 anos na Guerra do Yom Kipur em 1973 e vou para o hall de elevadores, tenho oportunidade de conhecer e conversar um pouco com os vizinhos, a maioria dos quais conheço apenas de vista. Por incrível que pareça, neste conflito, o medo foi abolido. Todos confiam no kipat barzel que provou centenas de vezes que é eficiente. Mas temos que nos abrigar. Afinal, o kipat barzel intercepta “apenas” 98% dos lançamentos.
 8) Até agora havia relativamente pouco interesse da mídia mundial pelo conflito. Acho que está todo o mundo anestesiado, ou de saco cheio, desculpem a franqueza, com repetitiva violência no Oriente Médio. Fora judeus árabes, o pessoal já cansou. Acredito, porém, que após a morte das crianças hoje o interesse vai crescer muito. Afinal há chance de culpar os judeus e esquecer que se o Hamas houvesse aceitado o cessar fogo a tragédia poderia ter sido evitada.
 9) E mais. Quando escrevo que são foguetes não se trata daqueles lançados ao espaço em Cabo Canaveral, É foguete de pobre. Salvo alguns presenteados pelo Irã, os mísseis não passam de canos de ferro usados na cosntruçao. De de 3 ou 4 polegadas dentro dos quais os palestinos colocam explosivos. Soldam 4 aletas de direção, um disparador de contato no nariz e está pronto. Mas, que ninguém se engane, podem matar.  
  


terça-feira, 15 de julho de 2014

     
ESPERANDO POR GODOT


Na peça de Samuel Becket, "Esperando por Godot", os dois personagens esperam por alguém chamado Godot. Esperam, esperam. Quando alguém lhes pergunta o que estão fazendo ali, a resposta é "esperando por Godot". E vai assim até o pano descer. O público termina sem saber quem é este tal de Godot. Se transferisse este teatro do absurdo para Israel e o judaímo em geral , diria que Godot é o Messias salvador que muitos esperam e que jamais chega. O próprio nome GOD-OT indicaria esta intepretação. Becket, porém, morreu sem revelar quem seria Godot.
Mas, não é sobre Becket e sua obra que desejo falar hoje. Afinal, Israel continua envolvido em mais uma batalha pela sobrevivência. Com Messias ou sem Messias tem que lutar, afinal o Salvador jamais demonstrou muito interesse na luta travada por Israel. Até o principal propagador recente da vinda do Messias, o Lubavitcher Rebe, que viveu e morreu no Brooklyn, New York, jamais colocou seus santos pés em Israel nem deu explicação convincente.. 
Aqui, também estamos esperando, só que sei por quem ou por que estamos aguardando. Em Tel Aviv, onde estou, Godot são os muitos mísseis em poder do Hamas e assim daria o título de "Godot chegou, finalmente", porque o Golem da guerra está solto em Gaza e arredores. Graças ao gênio judaico em Israel, criamos uma arma defensiva extremamante eficiente contra os mísseis do Hamas a que chamamos de "teto de ferro" (kipat Barzel). Este míssil anti míssil interceptou 98% dos mísseis que se dirigiam a alvos que poderiam causar danos físicos à população. Se os super computadores de Tazahal indicassem que cairiam em local desabitado deixavam passar. Solução inteligente afim de poupar o orçamento militar. Um míssil simplório palestinos não custa mais que algumas centenas de dólares enquanto cada kipat barzel custa algumas dezenas de milhares de US$. O que é uma desvantagem para o Estado judeu. Graças, porém, à falta de pontaria dos palestinos a grande maioria dirige-se a locais desabitados e assim o míssil anti-míssil é usado com parcimonia. 
Os religiosos estão usando a eficiência do Kipat barzel para creditar a ajuda do Todo Poderoso. Se caísse e matasse, "ninguém sabe interpretar a vontade de Deus". Se é inerceptado é a voltade do "reboinishe oilem" como diz o hebraico idishificado dos ashkenazim.
Hoje deveria entrar em vigor um cessar fogo. Israel aceitou para regularizar a vida em Israel. O Hamas está impondo condições que não podem ser aceitas. Afinal foram derrotados. Não completamente ainda, mas pagaram um alto preço.
O Hamas lançou de forma indiscriminada (se cair em uma escola ou rua mvimentada, "azar dos judeus") mais de 1.000 mísseis de diversas potências e raio de ação. Graças ao kipat barzel nem um israelense morreu. Alguns poucos ficaram feridos por estilhaços. 
Muitos em Israel estão insatisfeitos com o cessar fogo agora. Queriam dar uma porrada definitiva no Hamas. As circunstâncias internacionais não permitiram. Aguardemos.

domingo, 6 de julho de 2014



Geoge Carlin - grande Carlin


QUEREM SABER DE UMA COISA?
Querem saber uma coisa? Estou cansado, de saco cheio, destas guerras baseadas na fé neste ou naquele Deus. Seja Alá, Jesus Cristo ou Elohim. Leave me alone. Me deixem em paz.  Nenhum dos 3 passaram no exame de admissão de minha cabeça. A julgar pelo que se vê aqui seria melhor que não tivessem inventado esta forma (Deus)  de defesa contra a insanidade, a injustiça e as tragédias humanas. Basta de “se deus quiser”, “graças a deus”, etc. Se algo dá errado, ninguém lembra de Deus. Se dá certo foi “graças a Deus”. Mas, “I don’t give a dam” como diria Joe Pesci.
Quando vivia no Brasil, mais percisamente na Bahia, deus e religião eram, em geral, motivos de festa. Do Bomfim, à Conceição da Praia, de Bom Jesus dos Navegantes ao Carnaval, (que a Igreja tentou acabar, inutilmente) chegando a S.João e S. Pedro, tudo era festa. No escuro das madrugadas quentes de Salvador ocorriam tentativas de fazer o mal através dos bozós (feitiço), que eram um fracasso total em sua intençao. Eu mesmo cansei de chutar bozó e catar as moedas destinadas ao “santo” que estavam embrulhadas com o pacote de farinha e azeite de dendê afim de alimentar os santo (só na Bahia santo de Candomblé tem fome). E nada me aconteceu, apesar das advertência que morreria em tres dias. Aqui nesta merda de Oriente Médio, deus e seus assessórios são motivo para matar e morrer. Segundo o Corão, é obrigação dos muçulmano matar qualquer pessoa que não acredite no profeta Maomé. Entre os judeus, o desrespeito ao shabat pode se castigado com  morte. Quanto aos cristãos basta citar as fogueiras de queimar gente e as câmaras de tortura da Inquisição. Mas, tudo bem. Afinal é tudo em nome de Deus.
Aqui, nos últimos 3 anos, contando com o conflito sírio, já morreram mais de 300.000 pessoas. A metade, crianças. A maioria nem percebeu que morreu já que foi vítima de alguma grande explosão totalmente inesperada. O maior derramamanto de sangue atualmente ocorre entre os próprios muçulmanos. Xiitas matam sunitas que matam xiitas. Fora os reforços contratados em outras praças islâmicas. E é tudo matança por alto atacado. Como nas lojas dos coreanos na rua Aimoré em SP, as placas nas vitrines dizem “aqui só vendemos por atacado”. No Oriente Médio eles escrevem “aqui só matamos por atacado”. No Iraque, por exemplo, nos últimos 3 anos a média de mortes por atentado é de 13 pessoas. Acho que 13 peças o coreano te vende.
Estes dias, 3 garotos judeus foram fuzilados dentro do carro quando eram levados por seus sequestradores. Seus corpos foram queimados, talvez ainda vivos. Dois dias depois um garoto muçulmano foi obrigado a ingerir gazolina para facilitar a tarefa de queimá-lo vivo e por dentro. Os autores da morte do garoto palestino são colonos radicais que usam kipá e peiot. 
O primeiro caso foi cometido pelo Hamas que se opõe a Israel por motivos basicamente religiosos. A Palestina é terra muçulmana e os aos judeus não têm o diretto de se apossar da terra onde Muhamad subiu aos céus. Bela região, esta. E sagrada, ainda por cima para 3 religiões mais importantes do mundo. E são religiões “avançadas”. Acreditam em um só deus. Não nas estátuas dos gregos e romanos. Povos atrasados! Parece que os monoteístas têm razão. Deus só há um. O problema é que ele parece gostar de ver sangue. E tem outro problema: “ está sempre precisando de dinheiro” como diz o fabuloso satirista americano, George Carlin.  (Para morrer de dar risada de coisas sérias, visitem seu site
https://www.youtube.com/watch?v=acLW1vFO-2Q










Macca                                                                                           






terça-feira, 1 de julho de 2014














GAROTOS FORAM MORTOS






Como todos já sabem, os 3 garotos sequestrados foram encontrados mortos não muito longe do local onde foram recolhidos . Na verdade, esta era a previsão da  maioria dos israelenses. Carregar 3 reféns no diminuto território de Israel, na zona ocupada, e não ser pegado em uma das barreiras era algo extremamante difícil. Imagino que os sequestradores entraram em pânico já que provavelment a intenção era levar um israelense e não três. Ao mesmo tempo, vozes de peso iniciaram uma campanha contra a troca por prisioneiros palestinos. A última permuta (a de Guilad Shalit por 1.037 prisioneiros) provocou protestos e houve quem advertisse que uma troca tão desigual estimularia mais sequestros. E como não seria difícil imaginar, este veio.
Poderia ter mandado este blog ainda ontem. Preferi esperar a poeira baixar um pouco a fim de observar as primeiras reações em Israel. Das famílias, do governo, do próprio Hamas, apontado por Nataniahu como estando por trás do crime, (desmentem categoricamente) e, principalmente, porque queria ouvir e ler a mídia israelense e estrangeira no dia seguinte  (hoje) e sentir a situação na opinião de pessoas inteligentes.
Na opinião da maioria, com a qual concordeio, a intenção não era matar, Não porque terroristas tenham pena de suas vítimas. Mas, porque com muitos  milhares de palestinos terroristas presos, forçar Israel a libertar, mesmo parte, seria considerado um ato de grande heroismo patriótico por parte da população palestina. Por isto, poucos aceditam que a intenção fosse matar, mas sim permutar.
Algo, porém, saiu errado. Ou os terroristas ficaram revoltados quando perceberam que um dos garotos havia conseguido ligar para a polícia e sussurrar “fomos sequestrados”, ou o fato e serem em número de três, o que dificultaria imensamente toda a operação já que é muito mais difícil esconder  três pessoas e passar pelas múltiplas barreiras que infestam toda a Cijordânia ocupada. Decidiram pelo mais fácil:liquidar os três e tentar escapar. O que conseguiram até o momento que escrevo. E, acredito, não será fácil encontrá-los já que houve tempo bastante para, se quizessem, fugir para longe.

QUANDO A POEIRA BAIXAR...

Quando a poeira baixar um pouco, mais dois ou três dias, um aspecto que vai dar o que falar será certamente a facilidade descuidada com que se locomovem os colonos nos territórios ocupados. Como não havia mais ônibus àquela hora, não hesitaram em pegar uma carona. É preciso lembrar que a região onde ocorreu o sequestro é pontilhada por aldeias árabes e a poucos km. da cidade palestina de Hebron (Al Khalil em árabe) com 140.000 habitantes, cujos moradores, possuem em seu meio um grande número de radicais islâmicos.

HEBRON


                                           A Tumba dos Patriarcas em Hebron


Lembrar que em Hebron que está a Tumba dos Patrarcas onde se encontram, segundo a narrativa bíblica, enterrados os patriarcas das 3 religiões monoteístas, a Judaica, a Cristã e a Muçulmana. Portanto, ali estariam  sepultados  nada menos que  Abraão, Isaac e Jacob e suas mulheres Sara, Rivka e Lea os virtuais fundadores do moniteísmo. Hoje há no local uma grande contrução muito antiga que dá lugar a uma Sinagoga e uma Mesquita. São, naturalmente, consideradas super-sagradas. Hebron, porém, tem também um passado recente manchado por matanças perpetradas pelos 2 lados. Em 1929, foi palco do famoso pogrom praticados por muçulmanos contra os judeus locais. Também foi na Mesquita junto à Tumba dos Patriracas que o fanático médico judeu americano, Baruch Goldstein, metralhou dezenas de muçumanos quando  rezavam na Mesquita.

CRÍTICAS ÀS COLÔNIAS

O crime também servirá de pano de fundo para a renovação da eterna discussão sobre a utilidade e/ou acerto dacriação de colônias nos territórios palestinos. A discussão, aliás, teve um “quase” início quando, 2 dias apenas após o sequestro, um articulista crítico da colonização escreveu “os colonos que levaram seus filhos para uma zona ocupada e perigosa também têm que fazer um exame de consciência”, etc.etc. Só isto já foi motivo de críticas e celeumas. “Com 3 adolescentes correndo risco de vida em mãos de terrosistas não é hora deste tipo de discussão”, responderam seus opositores. E, realmente, a discussão parou ali. Mas, está claro que voltará à ordem do dia.
Um aspecto que chamou a minha atenção foi a fé demonstrada especialmente pelas  mães dos garotos. (As 3 famílias são religiosas não-ortodoxas no estilo dos colonos. Ou seja, são nacionalistas-religiosos se fosse classificá-los. Diferentes dos ortodoxos de preto que, em geral, não têm pretensões nacionalistas. Dizem “Israel é nosso, seja quem ocupe suas terras neste ou naquele momento”. Senti nesta ocasião como a fé religiosa ajuda. Felizes aqueles que conseguem ignorar a racionalidade em benefício da traquilidade de espírito.