O ANTI SEMITISMO
VOLTOU, AGORA SEM VERGONHA
Após a 2ª Guerra e a revelação do Holocausto, o anti
semitismo, envergonhado, escondeu-se em baixo da cama. Mas, este ódio
irracional aos judeus, claro, não morreu. Como após uma grande farra, apenas
deu uma paradinha para se reabastecer de novas histórias que suas mentes
doentias certamente iriam inventar. Se deram certo as histórias “mataram Cristo”,
fazem pão ázimo (matzá) “utilizando sangue de crianças cristãs”, se há uma “conspiração
internacional para dominar o mundo”, porque não continuarão acreditando em mais
invenções? O articulista sudanês, Kenan Malik, escrevendo no NY Times, afirma: “que
na Europa, tantas idéias anti-semitas se tornaram aceitáveis que passaram a fazer, livremente, parte
do debate” e ninguém reclama.”
Esta guerra em Gaza onde Israel está usando legítimo direito
de defesa e contra-atacando ao lançamento diário de mísseis a seu território,
foi a oportunidade esperada para os
racistas anti-judeus recomeçar a sua campanha de ódio aos filhos de Israel.
Naturalmente, dizem que não são contra os israelitas, tanto assim que têm
amigos judeus. O fato é que na Europa (e começando na América Latina) de nossos
dias, sinagogas são atacadas e/ou incendiadas, judeus são agredidos na rua e.
por isto, procuram esconder qualquer sinal que os identifique como tais. Até na
Alemanha de passado pornográfico-assassino-racista ouviram-se estes dias “judeus
à câmara de gaz”. Em passeatas contra Israel, cartazes comparando Israel à
Alemanha nazista se tornaram lugar comum.
Outro fator que estimula o anti-semitismo na Europa é
a presença de grandes comunidades muçulmanas que adotaram a causa palestina. O
ódio a Israel pelos islâmicos não foi o único fator determinante. Mas, serviu
para estimular os muçulmanos a juntar-se aos anti-semitas aglutinando racistas
anti-judeus numa só bandeira. Também a esquerda radical frustrada pela queda da
URSS, entrou no bloco. Eu fui comunista e conheça como funciona a cabeça dos
caras. Nascem do contra. Qualquer bandeira serve.
A cortina de fumaça é o argumento que o exército de Israel
está matando crianças palestinas. Claro que crianças estão morrendo em Gaza
vítimas da violência. Mas, isto é natural num conflito travado numa zona
densamente povoada de civis dentro dos quais o homens do Hamas se escondem. Sua
liderança está escondida nos túneis, as crianças e seus familiares, porém,
estão nas ruas.E o resltado etá ai para todos verem. A morte de civis, não
envolvidos em atos de guerra, é um dos fenômenos mais nefastos das guerras. Entrem
no Google e procurem “civilians casualties in war”.
Um soldado israelense ferido contou de sua cama no
hospital, estes dias, que quando passava numa rua em Gaza ouviu tiros que
partiam de uma casa. Ao se aproximar verificou que atrás do atirador, que atirava
da janela da casa, haviam crianças brincando. Ficou sem saber o que fazer. Se
atirasse no militante do Hamas poderia atngir as crianças mais prá trás na
sala. Sendo pai de 2 meninas não teve coragem de atirar e foi embora. “Se fosse
um soldado mais jovem e solteiro, talvez tivesse atirado” resumiu o soldado. Este é um exemplo do dilema enfrentado pelos
soldados israelenses obrigados a lutar em uma zona habitada por civis. Exemplos
semelhantes são ouvidos diariamente contado por soldados de Israel.
No início da guerra, Israel mandava avisar,
antecipadamente, que iria bombardear tal e tal prédio, pedindo aos moradores
não envolvidos que abandonasse a edificação. Nem sempre os civis saiam por
ordem do Hamas que queria Israel cometesse crime de guerra. É uma questão de
tática. Sabendo não ter força militar para vencer Israel numa guerra normal
partiram para a “guerra moral” onde sabiam que ajudado pelos anti semitas marcariam
pontos contra Israel. E sua polulação civil? Não tem importância. Serão “shahidim”
morrendo pelo Profeta irão para o Paraíso.
Este é, em suma, um dos aspectos mais dolorosos desta
guerra que não pára. Afim de terminá-la mais rapidamente Israel teria que
entrar novamente com sua tropas no inferno de Gaza. Não vale a pena. É
preferível esperar que os estoque de mísseis do Hamas acabe. Felizmente, o
Cúpula de Ferro está dando conta do recado.