quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

IRÃ QUER FAZER OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS


IRÃ QUER FAZER OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS
Por David Tabacof de Tel Aviv
Em Israel, o assunto Irã está na geladeira aguardando o desfecho das conversações com os 5+1. Ninguém, porém, se ilude que o assunto, ou melhor, o perigo iraniano tenha desaparecido. A retirada de algumas sanções de graça, quase, vai certamente animar os persas velhos comerciantes de baazar. 

Mas para que ningém pense que os iranianos não temem Israel e/ou alguma “loucura” de Bibi e seu governo de super direita. E algo interessante: A estação de TV oficial do Irã possui um filme que costuma exibir em dia de feriado nacional, simulando uma tentativa de ataque amricano-israelense contra o Irã. 

Os aviões atacantes, USAF e IAF, são todos destruidos ainda no ar, antes de chegar ao país dos ayatolás. E ai começa o revide contra Tel Aviv, Haifa, o reator atômico de Dimona, etc. 

Que, naturalmente são atingidos em cheio. Uma grande vitória da revolução islâmica contra o pequeno e o grande Satã. Alah al Achbar!(Alá (Deus) é grande.O filmete até que é razoavelmente bem feito, afinal, o Irã faz bom cinema e até tem diretor e filme (“A separation” que no Brasil deve ter sido ”Separação”) que ganhou um Oscar em 2012. 

Mas ninguém aqui  acredita que cineastas deste naipe se sujeitariam a fazer filmes de propaganda. É pura patriotada afim de levantar o moral do povo iraniano insatisfeito com as sanções impostas a seu país. E, principalmente, para o povo do Irã que teme algum ataque atômico israelense. 

A música de fundo são hinos, aparentemente islâmicos/militares. Enquanto isto, a negociações em Genebra recomeçaram. O ministro do Exterior persa,   Mohammad Javad Zarif que tem cara de simpático tio, já advertiu que novas sanções contra seu país, como propõem alguns senadores americanos, porá a perder tudo que foi combinado até agora. 

Que, em minha modesta opinião, não impedira o Irã de conseguir, num futuro próximo, algumas bombas nucleares. Quem viver, verá.


A bela Ashton dos 5+1 e o iraniano Javari-sorrisos, agora...

ABBAS PARECE CONCORDAR, MAS...

O ex 1º ministro Ehud Olmert declarou, estes dias, a propósito das negociações entre os dois lados, que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, é osso duro de roer. 

Olmert contou, numa entrevista ao jornal “Haaretz” que chegou a propor desmontar 75% das colônias, o retorno de 50.000 palestinos e a divisão de Jerusalèm entre palestinos e israelenses. Na Cidade Santa ficariam capitais dos 2 estados. 

A de Israel na parte ocidental da cidade e a do Estado palestino na parte árabes. Abbas ficou de estudar e dar uma resposta em1 ou 2 semanas. Entretanto, jamais tocou no assunto. Neste ponto árabes se paracem com brasileiros. 

Dizer não diretamente é grosseiro. Ai, no país da Copa, quando você não pretende sair de casa e alguém te convida a ir a um cinema, jamais diz “não”, prefere um “vamos ver...” e basta para saber que você não quer ir. Como Olmert mesmo disse: “passaram 2, 3, 4, 5 semanas e nada, entendi que a resposta era negativa.” 

Se Olmert fosse brasileiro teria entendido mais rapidamente.


Abbas-sem resposta

Volto hoje ao Presidente palestino porque o Secretário de Estado, aquele que Obama encarregou de arumar uma paz para ele justificar o Nobel,  adiou sua visita para a outra semana.

Às vezes, fico pensando quantos abacaxis o Dep de Estado tem que descascar. É problema (para uma super-potência) por todos os lados. Em diferentes terras e continentes. É a Síria e a guerra indecisa que mata centenas quase diariamente. 

É a Ucrânia pegando fogo. O ucraniano ficou p. da vida com seu governo quando este decidiu que preferia manter a aliança com a Rússia que entrar na Comunidade Européia. Imagine-se um ucraniano com a chance de agarrar um passaporte da CE e seu governo preferindo o abraço russo. 

Tocaram fogo no país. Ou a instabilidade no Egito. Ou o problema cabeludo da bomba iraniana ainda não resolvido. 

O terrosimo internacional, só para dar alguns exemplos. Vixe!  

ATÉ MERKEL PERDEU A PACIÊNCIA

Os nazistas fizerm o que fizeram, mas o fato é que os alemães,  no pós guerra, fazem tudo para agradar os judeus e seu estado: Israel. É o que um antigo político de Israel chamou de “a catarse alemã” frente aos judeus.  

Não é grande coisa dados os seis milhões que foram brutalmente assassinados. Mas, convenhamos, é melhor do que nada.

Após a fundação de Israel, os “chucrutes” ou “krauts” como os chamavam os soldados americanos durante a 2ª Guerra, pagaram bilhões de indização aos sobriviventes e a Israel. Apoiam o Estado judeu em todos os foros internacionais. 

Até a criação do Estado de Israel, dizem alguns, se deve ao Holocausto. Mas o teeeeeempo paaaassa, como dizia Fiori Gigliotti em dia de clássico, e a consciência alemã começou a perder peso. 

Continuam super amigos como provam os 3 suibmarinos atômicos e outras coisinhas mais com que presentearam Israel.

O estado alemão, graças à sua forte economia em contraste com a incompetência de certos dirigente europeus, passou a ser a salvação de algumas economias européias mais fracas. 

A República alemã hoje, manda, não pede, pelo menos na Comunidade Européia. A intransigência dos governos direitistas de Israel, porém, está colocando o apoio alemão numa posição quase insuportável. 

Esta semana, após o o feio incidente com outro alemão, Martin Schiltz, presidente do Parlamento europeu, quando discursava no Knesset, Bibi decidiu limpar a barra e telefonou a Markel para ver se o prejuízo fora grave, já que Schultz foi ofendido por aliados de Netaniahu. A atual “dama de ferro” (com a morte Thatcher. Merkel herdou o título) estava visivelmente zangada com o “qui pro quo”. Merkel aproveitou e deu uma grande bronca em Bibi. 



Na defensiva, Bibi alegou que os que gritaram condenando Schltz era gente que não representava a opinião do govreno, etc.

O que não colou já que Dna Ângela sabe muito bem quem é quem em Israel. Dizem que ela vive colada ao celular. Seus auxiliares lhe prestam conta todo o tempo. Ganhou até o apelido “sra. Celular”. 

Por isto, sabia muito bem que aqueles deputados mal-educados em gente de confiança de Netaniahu. Bibi pediu desculpas e o assunto, espero, foi encerrado.

AGORA, FOI A VEZ DE BIBI RECLAMAR

Estes dias, 1º ministro turco, Recip Erdogan levou um aperto/bronca de Barak Obama. Porque? 

Quando esteve aqui em março passado, Obama insistiu que Nataniahu desse um telefonema ao premier turco e pedisse desculpas pelo incidente com o barco turco, Mavi Mara, que se dirigia a Gaza afim de fazer uma provocação contra Israel. 

O barco foi interceptado ainda em alto-mar, o pau quebrou, deixando 9 turcos mortos. Apesar da vinda do barco ter tido o intuito de deixar Israel mal perante a opinião pública mundial, sua interceptação foi exageradamente violenta. 




Erdogan, que anda pensando que é um novo sultão otomano, ficou muito ofendido e por pouco não corta relações com Israel. Não chegou a este ponto para não criar problemas com os EUA. As relações entre Israel e Turquia, entretanto, sofreram um forte esfriamento. 

O esfriamento também não foi bom para os EUA que tinha nos 2 países seus melhores aliados no canto oriental do mar Mediterrâneo. Apos o telefonema, as coisas pareciam bem. 

Turistas israelense voltaram à Turquia, negociações para compensar as famílias dos mortos tiveram início. Quando parecia que estavam chegando a um acordo, Erdogan impôs uma nova condição: que Israel suspendesse o boqueio sobre Gaza, imposto a fim de impedir a entrada de armas. 

Bibi queixou-se a Obama que o empurrou ao pedido de desculpas que Bibi não queria. Obama, não teve dúvidas, colocou o assunto em sua ordem do dia e pretende cobrar o turco. Eu até estava com vontade de ir à Turquia no verão não cancelarei os planos.

Erdogan com sua máscara preferida: machão

EL AL ENTRA NA CAMPANHA DE PREÇOS BAIXOS

Ainda não perdoei a El Al por ter cancelado o vôo direto ao Brasil. Agora voltei a voar via Europa com mais tempo de viagem, riscos de atrasos e burocracia de segurança.
Mas, não era sobre isso que queria falar. A cia. Aérea israelense a fim de aguentar a concorrência com as européias está tendo qye baixar preços. No fim de março próximo começam os voos de baixo preço, onde se a passagem será mais barata, todo o resto é pago. Desde a bagagem despachada até um refrigerante a bordo. Vai começar com voos para 5 destinos para a Europa: Kiev, Berlim, Praga, Budapest e Larnaca em Chipre. Os preços serão diminuidos, mais ou menos, pela metade. E confirmando o que escrevi acima sobre a Turquia, o maior número de passageiros no mês passado foi para a Turquia. 

Diretor da El Al. Eliezer Shkedi,  anunciando os planos, esta semana

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