IRÃ QUER FAZER OMELETE SEM
QUEBRAR OS OVOS
Por David Tabacof de Tel Aviv
Em Israel, o assunto Irã está na
geladeira aguardando o desfecho das conversações com os 5+1. Ninguém, porém, se
ilude que o assunto, ou melhor, o perigo iraniano tenha desaparecido. A
retirada de algumas sanções de graça, quase, vai certamente animar os persas
velhos comerciantes de baazar.
Mas para que ningém pense que os iranianos não
temem Israel e/ou alguma “loucura” de Bibi e seu governo de super direita. E
algo interessante: A estação de TV oficial do Irã possui um filme que costuma
exibir em dia de feriado nacional, simulando uma tentativa de ataque
amricano-israelense contra o Irã.
Os aviões atacantes, USAF e IAF, são todos
destruidos ainda no ar, antes de chegar ao país dos ayatolás. E ai começa o
revide contra Tel Aviv, Haifa, o reator atômico de Dimona, etc.
Que,
naturalmente são atingidos em cheio. Uma grande vitória da revolução islâmica
contra o pequeno e o grande Satã. Alah al Achbar!(Alá (Deus) é grande.O filmete
até que é razoavelmente bem feito, afinal, o Irã faz bom cinema e até tem
diretor e filme (“A separation” que no Brasil deve ter sido ”Separação”) que
ganhou um Oscar em 2012.
Mas ninguém aqui acredita que cineastas deste
naipe se sujeitariam a fazer filmes de propaganda. É pura patriotada afim de
levantar o moral do povo iraniano insatisfeito com as sanções impostas a seu
país. E, principalmente, para o povo do Irã que teme algum ataque atômico
israelense.
A música de fundo são hinos, aparentemente islâmicos/militares.
Enquanto isto, a negociações em Genebra recomeçaram. O ministro do Exterior
persa, Mohammad Javad Zarif que tem cara de simpático tio, já
advertiu que novas sanções contra seu país, como propõem alguns senadores
americanos, porá a perder tudo que foi combinado até agora.
Que, em minha
modesta opinião, não impedira o Irã de conseguir, num futuro próximo, algumas
bombas nucleares. Quem viver, verá.
A bela Ashton dos 5+1 e o iraniano
Javari-sorrisos, agora...
ABBAS PARECE CONCORDAR, MAS...
O ex 1º ministro Ehud Olmert
declarou, estes dias, a propósito das negociações entre os dois lados, que o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, é osso duro de roer.
Olmert
contou, numa entrevista ao jornal “Haaretz” que chegou a propor desmontar 75%
das colônias, o retorno de 50.000 palestinos e a divisão de Jerusalèm entre
palestinos e israelenses. Na Cidade Santa ficariam capitais dos 2 estados.
A de
Israel na parte ocidental da cidade e a do Estado palestino na parte árabes.
Abbas ficou de estudar e dar uma resposta em1 ou 2 semanas. Entretanto, jamais
tocou no assunto. Neste ponto árabes se paracem com brasileiros.
Dizer não
diretamente é grosseiro. Ai, no país da Copa, quando você não pretende sair de
casa e alguém te convida a ir a um cinema, jamais diz “não”, prefere um “vamos
ver...” e basta para saber que você não quer ir. Como Olmert mesmo disse:
“passaram 2, 3, 4, 5 semanas e nada, entendi que a resposta era negativa.”
Se
Olmert fosse brasileiro teria entendido mais rapidamente.
Abbas-sem resposta
Volto hoje ao Presidente
palestino porque o Secretário de Estado, aquele que Obama encarregou de arumar
uma paz para ele justificar o Nobel, adiou sua visita para a outra
semana.
Às vezes, fico pensando quantos
abacaxis o Dep de Estado tem que descascar. É problema (para uma
super-potência) por todos os lados. Em diferentes terras e continentes. É a
Síria e a guerra indecisa que mata centenas quase diariamente.
É a Ucrânia
pegando fogo. O ucraniano ficou p. da vida com seu governo quando este decidiu
que preferia manter a aliança com a Rússia que entrar na Comunidade Européia.
Imagine-se um ucraniano com a chance de agarrar um passaporte da CE e seu
governo preferindo o abraço russo.
Tocaram fogo no país. Ou a instabilidade no
Egito. Ou o problema cabeludo da bomba iraniana ainda não resolvido.
O
terrosimo internacional, só para dar alguns exemplos. Vixe!
ATÉ MERKEL PERDEU A PACIÊNCIA
Os nazistas fizerm o que
fizeram, mas o fato é que os alemães, no pós guerra, fazem tudo para
agradar os judeus e seu estado: Israel. É o que um antigo político de Israel
chamou de “a catarse alemã” frente aos judeus.
Não é grande coisa dados
os seis milhões que foram brutalmente assassinados. Mas, convenhamos, é
melhor do que nada.
Após a fundação de Israel, os
“chucrutes” ou “krauts” como os chamavam os soldados americanos durante a 2ª
Guerra, pagaram bilhões de indização aos sobriviventes e a Israel. Apoiam o
Estado judeu em todos os foros internacionais.
Até a criação do Estado de
Israel, dizem alguns, se deve ao Holocausto. Mas o teeeeeempo paaaassa, como
dizia Fiori Gigliotti em dia de clássico, e a consciência alemã começou a
perder peso.
Continuam super amigos como provam os 3 suibmarinos atômicos e
outras coisinhas mais com que presentearam Israel.
O estado alemão, graças à sua
forte economia em contraste com a incompetência de certos dirigente europeus,
passou a ser a salvação de algumas economias européias mais fracas.
A República
alemã hoje, manda, não pede, pelo menos na Comunidade Européia. A
intransigência dos governos direitistas de Israel, porém, está colocando o
apoio alemão numa posição quase insuportável.
Esta semana, após o o feio
incidente com outro alemão, Martin Schiltz, presidente do Parlamento europeu,
quando discursava no Knesset, Bibi decidiu limpar a barra e telefonou a Markel
para ver se o prejuízo fora grave, já que Schultz foi ofendido por aliados de
Netaniahu. A atual “dama de ferro” (com a morte Thatcher. Merkel herdou o
título) estava visivelmente zangada com o “qui pro quo”. Merkel aproveitou e
deu uma grande bronca em Bibi.
Na defensiva, Bibi alegou que os que gritaram
condenando Schltz era gente que não representava a opinião do govreno, etc.
O
que não colou já que Dna Ângela sabe muito bem quem é quem em Israel. Dizem que
ela vive colada ao celular. Seus auxiliares lhe prestam conta todo o tempo.
Ganhou até o apelido “sra. Celular”.
Por isto, sabia muito bem que aqueles
deputados mal-educados em gente de confiança de Netaniahu. Bibi pediu
desculpas e o assunto, espero, foi encerrado.
AGORA, FOI A VEZ DE BIBI RECLAMAR
Estes dias, 1º ministro turco,
Recip Erdogan levou um aperto/bronca de Barak Obama. Porque?
Quando esteve aqui
em março passado, Obama insistiu que Nataniahu desse um telefonema ao premier
turco e pedisse desculpas pelo incidente com o barco turco, Mavi Mara, que se
dirigia a Gaza afim de fazer uma provocação contra Israel.
O barco foi
interceptado ainda em alto-mar, o pau quebrou, deixando 9 turcos mortos. Apesar
da vinda do barco ter tido o intuito de deixar Israel mal perante a opinião
pública mundial, sua interceptação foi exageradamente violenta.
Erdogan, que
anda pensando que é um novo sultão otomano, ficou muito ofendido e por pouco
não corta relações com Israel. Não chegou a este ponto para não criar problemas
com os EUA. As relações entre Israel e Turquia, entretanto, sofreram um forte
esfriamento.
O esfriamento também não foi bom para os EUA que tinha nos 2
países seus melhores aliados no canto oriental do mar Mediterrâneo. Apos o telefonema,
as coisas pareciam bem.
Turistas israelense voltaram à Turquia, negociações
para compensar as famílias dos mortos tiveram início. Quando parecia que
estavam chegando a um acordo, Erdogan impôs uma nova condição: que Israel
suspendesse o boqueio sobre Gaza, imposto a fim de impedir a entrada de armas.
Bibi queixou-se a Obama que o empurrou ao pedido de desculpas que Bibi não
queria. Obama, não teve dúvidas, colocou o assunto em sua ordem do dia e
pretende cobrar o turco. Eu até estava com vontade de ir à Turquia no verão não
cancelarei os planos.
Erdogan
com sua máscara preferida: machão
EL AL ENTRA NA CAMPANHA DE PREÇOS BAIXOS
Ainda não perdoei a El Al por
ter cancelado o vôo direto ao Brasil. Agora voltei a voar via Europa com mais
tempo de viagem, riscos de atrasos e burocracia de segurança.
Mas, não era sobre isso que queria falar. A cia. Aérea israelense a fim
de aguentar a concorrência com as européias está tendo qye baixar preços. No
fim de março próximo começam os voos de baixo preço, onde se a passagem será
mais barata, todo o resto é pago. Desde a bagagem despachada até um
refrigerante a bordo. Vai começar com voos para 5 destinos para a Europa: Kiev,
Berlim, Praga, Budapest e Larnaca em Chipre. Os preços
serão diminuidos, mais ou menos, pela metade. E confirmando o que escrevi acima sobre
a Turquia, o maior número de passageiros no mês passado foi para a
Turquia.
Diretor da
El Al. Eliezer Shkedi, anunciando os planos, esta semana
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