segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

PORQUE NATANIAHU NÃO TEM PRESSA


PORQUE NATANIAHU NÃO TEM PRESSA

Hoje um espírito futebolística invadiu esta coluna. Deve ser a febre da Copa atacando também em Israel. Mas, como ia dizendo, se comparar o processo de paz com uma partida de futebol, Nataniahu, me parece, está fazendo cera* (Fazer o tempo passar segurando o jogo para segurar o resultado.) 

Do outro lado, o presidente da Autoridade Palestina (AP) também parece inseguro e não tem coragem de assinar a paz com Israel o que significaria aceitar dar a maior parte da Palestina aos judeus. É voz corrente em Israel que se assinar e der o conflito por encerrado sem o direito de retorno dos refuugiados e sem  pelo menos metade de Jerusalém será morto por terroristas árabes.  

O El Qaida já anda por aqui. Ali na Síria. Abbas aceita dividir a cidade santa com Israel. Os semi-fascistas religiosos, que são parte do governo Bibi, dizem  “só sobre o nosso cadáver”. E volta tudo à estaca zero. Volta, não. Fica. Já que quase não saiu do lugar. 

O Secretário de Estado, John Kerry, coitado, encarregado por Obama para lhe arrumar uma paz qualquer a fim de justificar seu Nobel ainda nada tem a oferecer ao chefe em Washington. 

Acho que ficará assim mais uns 200 anos. Até que um meteoro de tamanho médio se choque contra a Terra e as religiões percam a força e chegue a hora do acerto de contas. Tenho minhas dúvidas se as religiões, apesar de ser uma fonte de guerras e males despareça. O que seria ótima notícia. Mas, quem atira a primeira pedra? Quem tem coragem de largar a muleta celeste, levante a mão. Só você?

BOICOTE A ISRAEL É PUNIDO NA FRANÇA

Quando Farida Trichine e 11 outros ativistas do BDS- (boicott, divestment, sanctions) organização anti-Israel, que atua na Europa, invadiram um Super Mercado na França e passaram a colar stickers com slogans anti-Israel sobre os vegetais importados do Estado judeu, ela sabia que seria expulsa do estabelecimento por policiais, como era normal e esperado. 

O que Farida não esperava, porém, era ser condenada por incitação ao ódio racial e multada em 500 euros. Foi extamente o que aconteceu num Tribunal de Colmar que baseaou a sentença na extensão da lei contra a descriminação racial e religiosa aos ativistas da BDS.

Farida considera illegal sua condenação e pretende apelar, contra o que chamou  de “condenação criminal por um ato puramente político.” Claro, que pelo nome, Farida, podemos identificá-la como árabe ou filha de, 54 anos de idade e sua condenação se baseou na “Lei Lelouche” que é o sobre-nome do deputado judeu que apresentou o projeto equiparando o boicote a Israel aos crimes de natureza racial e política. A lei foi aprovada em 2003. 

Observadores consideram a incomodativa presença de uma imensa quantidade de imigrante árabes-muçulmanos no país de Voltaire ajudou muito na aprovação. Os franceses estão ”cheios” da presence árabe que se espalhou por todo o país chegando a desequilibrar as eleições em certas cidades em favor de candidatos muçulmanos ou anti-Israel. 



Na foto acima, Farida Trichine, (terceira a partir da direita) cercada de ativistas do BDS em Mulhouse. Os “companheiros” de Farida nesta foto são comunistas ou árabes vivendo na França.

SÍRIA: SEM SOLUÇÃO À VISTA

“As conversações a fim de parar a guerra civil na Síria fracassaram” declarou o árbitro argelino, Lakhdar Brahimi, após um mês de tentativas em Genebra. Mas, qual é a surpresa, mr. Brahimi? 

Pelo contrário. Isto é o que se deve esperar, quando, de um lado, está um ditador sanguinário que já provocou, com seu apego ao poder, a morte de 140.000 compatriotas e segue tranquilamente recebendo dignatários estrangeiros em seu palácio, por enquanto seguro. Do outro lado não há coisa melhor, coitados dos sírios. 

Estes são uma legião estrangeira de fanáticos, capazes de matar famílias inteiras por amor a Alá, liderados pelo El-Qaida. Para mim, estava na cara que daria em nada. Os opositores exigiam a saída de Assad do poder, enquanto o presidente-ditador, desde o começo, havia declarado que não tinha a intençao de renunciar de maneira alguma. Na Síria só haverá solução se uma das partes perder a guerra. 

E Assad continua dominando a zona central de Damasco onde está o seu palácio. Neste tipo de revolta, onde as partes são fanatizadas, não pode haver solução pacífica. A Síria é um feudo econômico da famíla Assad que é dona de todo negócio rentável no país. Enquanto a El Qaida está tentando criar um califado no Oriente Médio que, mais tarde, se extenderá à Europa. 

Parada dura.

HAMAS CONTINUA BURRO, GRAÇAS AO SR. DO BOMFIM

Sou favorável à paz e concessões sem grande risco para Israel. Quanto ao Hamas, digo que jamais vi uma cambada de idiotas juntos dominando um pedaço de terra importante. O que fazem os caras do Hamas? 

Toda semana lançam foguetinhos em direção a Israel que, sistematicamente, caem no mato ao redor da Faixa. O que não cai no mato são as bombas que Israel arremessa do céu (aviação, ou drones) sobre Gaza. 

Israel tem procurado não atingir civis e tem conseguido. Causam, porém, destruição na infraestrutura militar do Hamas ou Jihad em Gaza. Os energúmenos, porém, não aprendem e lançam novamente matando alguns coelhos ou porcos do mato que infestam aquele matagal. O Hamas alega que não é gente sua e que se trata de grupos que agem de forma independente.

Para Israel, não interessa. Ou o Hamas toma conta, ou assume a responsabilidade.


Lançamentos de Gaza

A SOLUÇÃO ESTÁ NA JORDÂNIA?

Um dos motivos da tranquilidade em Israel. pelo menos, no momento, é a certeza que a Jordânia está, relativamente, calma. O jovem rei, Abdala II, educado na Grã Bretanha, tradição de algumas monarquias árabes, sabe onde reside seus interesses. Seu pai, o saudoso, rei Hussein, deve tê-lo ensinado os caminhos. 

Não se meta em encrencas nem procure conselho com os demogogos árabes. Nosso melhor interesse está na amizade com os EUA, que garante a não-intervenção de Israel nos assuntos do país, armas e dinheiro. 

Alguns israelenses bem posicionados, continuam insistindo que a solução da questão palestina envolve a Jordânia. Quer dizer, dada a exiguidade de território para acomodar 3 países (Israel, Jordânia e um Estado palestino), o ideal seria a a transformação da Jordânia no país palestino. 

Explico melhor: a Jordânia tem um imenso território e, pelo menos, metade sua população é de orígem palestina. Os revisionistas de Jabotinsky, aliás, incorporam a Jordânia como parte de Eretz Israel. A família real, obviamente, se opõe.

A Jordânia mantém laços de amizade com os EUA da qual é aliada. Hussein conversa quase que diariamente com os governates de Israel. Quer mostrar que é aliado de Israel, se bem que não publicamente.

Aliás, isto facilitou o trabalho para Clinton convecer Hussein a assinar a paz com Israel e espantar o dibbuk da possiblidade do país se transformar na Palestina. Mas, os tempos mudam e hoje, não sei por quanto tempo a jordânia poderá ficar fora.

Esta semana Abdala foi à Califórnia (Obama estava lá) falar com o presidente. A Jordânia está abrigando 600.000 refugiados da guerra civi na Síria e quer ajuda. Obama prometeu mandar 1 bi U$.



Obama e Abdala II da Jordânia na Califórnia esta semana

RADICAIS DÃO TIRO NA PRÓPRIA PERNA

Esteve em Israel esta semana o presidente da do Parlamento Europeu, o alemão, Martin Schultz. O hommem é conhecido como grande amigo de Israel na Alemanha. Por isto, foi lhe concedida a honra de falar no Knesset. Enquanto elogiou Israel, Prêmios Nobel, tecnologia, etc, foi tudo bem. 

Quando, porém, quis aconselhar o país a ser mais flexível nas negociações e não maltratar tanto os palestinos (Os colonos maltratam mesmo com a conivência do governo Bibi), deu-se o estouro. 

O líder do partido nacionalista religioso, Habait Haiehudi, (A Casa Judaica), que faz parte do gabinete de Nataniahu, interrompeu seu dicurso com gritos que fariam vergonha ao pior valentão de rua. “Fora”, “anti semita”, só não disse “nazi” porque é patente dos ortodoxos xingar policiais de Israel. 

Enfim, foi um espetáculo vergonhoso que deveria ser evitado por tratar-se de um amigo de Israel que declarou a um jornalista israelense: “Para mim, a nova Alemanha só existe para assegurar a existência do Estado de Israel e do povo judeu”. 

Outro jornalista e ex-parlamentar, Avrum Burg, que é amigo de Schultz de longa data, declarou: Ele (Schultz) é um intellectual brilhante que não abandonará seu apoio o Israel devido a gritos de nacionalistas  fanáticos. Como parlamentar, conhece o lance de adversários que perdem a cabeça. Quando vi aquele show de fanatismo irracional fiquei com vergonha de Israel. Idem, idem.


O president do Parlamento europeu, Martin Schultz discursando no Knesset. (Antes da tempestade).


RABINO SABE-TUDO NÃO SABIA QUE SERIA PROCESSADO CRIMINALMENTE

Há um rabino em Israel, seu nome é Yeshaiahu Pinto. Não sei qual é seu truque mas tem dezenas de figurões que o seguem e lhe dão muito dinheiro para entidades ditas de caridade, que a mídia de Israel diz que ele esquece e põe em sua conta. 

Sei que no Brasil, rabino, em geral, é coisa séria. Aqui em Eretz como muitos lá foram chamam Israel, há hiper-inflação de rabinos. São tantos e de tantos diferentes times, conhecido como cortes, que ninguém mais sabe quem é rabino e quem não é. Também, quem não é religioso, nem está ai. 

Só tomam conhecimento quando estes se metem em encrencas. Reconheço que não é fácil ganhar a vida aqui como rav. Exagerando, diria que há mais rabinos aqui que grãos de areia do Neguev. Por isto, talvez, alguns, cometem exageros. Como não acredito em nada que dizem*, não me interesso muito. 

Mas, voltando ao rav Pinto (vejam foto abaixo prá que brasileiro não pensar em outra coisa). Esta semana, Pinto foi indiciado por suborno de um dos big shots da polícia israelense, Menashe Arbiv, conhecido na mídia e na corporação como chefe do “FBI de Israel”. Também policiais de peso estão envolvidos.

O último grande empresário que seguia seus conselhos de Pinto, Nochi Dankner, provavelmente o mais rico empresário de Israel, foi...à falênca. Me digam vocês que acreditam nestas coisas: como pode um empresário de grande empresa  pedir conselhos de negócios a um simples rabino? Vocês provavelmente dirão “por isto ele foi à falência”. 

Mas, não é tão simples assim. Outros milionários e políticos continuam a consultá-lo. A grande pergunta é se ele vai voltar a Israel já que se encontra nos EUA ou talvez prefira Buenos Aires, terra de sua mulher. (A Argentina não tem acordo de extradição com Israel).



Acima, Pinto cercado de admiradores. De kipá branca, o policial FBI Israel, na ponta direita, Lev Lavaiev, milionário do ramo de diamantes.

DUAS EMPRESAS ISRAELENSES DE HI-TECH SÃO VENDIDAS

Duas empresas de hi-tech desenvolvidas por israelenses e com sede em Israel, foram vendidas esta semana a empresas americanas. Mais uma vez, israelenses “fazem a mala” com sua criatividade. 

A primeira, a Viber, uma espécie de concorrente da Skype, mas aplicável especialmente a celulares do tipo IPhone, foi negociada por 950  bi US$. O lance é que quando você manda uma mensagem a outro celular pelo sistema Viber, o tempo gasto não vai para dédito de sua conta.

A segunda, a SlickLogin, se destina a aperfeiçoar a segurança de sites e senhas em aparelhos móveis. A SlickLogin foi adquirida pela Google e seus fundadores serão absorvidos pela filial da mesma (Google) em Israel. 

David Tabacof - direto de israel - 17/02/2014

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