segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

SEFARADIS PODEM SER CIDADÃOS DA ESPANHA


SEFARADIS PODEM SER CIDADÃOS DA ESPANHA

A Espanha irá of oferecer cidadania a qualquer judeu que possa convencer as autoridades em Madrid que é descendente direto de judeus expulsos em 1492, durante o reinado muito católico e muito anti-semita dos reis Isabela de Castela e Farnando de Aragão.

Entre as exigências está a prova muito clara de descender dos desterrados da Inquisição. Ajuda também saber ladino ou espanholit. Analistas dizem que os espanhois querem agradar aos judeus devido à má situação econômica de seu país, precisam de crédito e chagaram à conclusão que ser amigo dos judeus pode ajudar. Ou será como uma volta do filme mexicano “Pecadora arrependida”?

Sejam quais forem as intenções espanholas, a notícia agitou os sefaradim israelenses. Já se fala aqui na realização do sonho de possuir um passaporte espanhol que lhe dará livre trânsito na Europa. Aqui em Israel temos famílias com nomes, Toledano, Pinto, Ferreira e Pereira, Gueta, Castro, Abravanel, etc. Facilmente indentificáveis. 

Em todo o mundo há judeus sefaraditas (em hebraico, Espanha é Sefarad) que certamente tentarão se transformar em espanhóis não só na origem espanhola que é confundido por muitos com os judeus orientais, principalmente os originários de países árabes. Em Israel, até hoje se diz para qualquer judeu não ashkenazi que é sefaradi. 

Fazendo um pouco de ordem: Ashkenaz significa Alemanha em hebraico, e são os judeus que se desenvolveram há mais de 1.000 anos ao redor da Alemanha e leste europeu; Sefaradim (espanhóis em hebraico, são os descendentes dos expulsos da Espanha, (Sefarad); Mizrachim: orientais, são em geral, mas não todos, os judeus originários dos países árabes e norte da África. Os teimanim, iemenitas, são uma tribo a parte. 

Alguns historiadores afirmam que descendem dos judeus que saíram de Israel na grande dispersão do ano 135 CE, após a derrota de Israel frente ao exército de Adriano. Existem ainda outros grupos como os etíopes negros da Etiópiadescendentes do rei David e da rainha de Sabá.

Diz um professor sefaradi que a maioria dos judeus espanhóis expulsos (preferiram a expulsão à conversão) se refugiou na Grécia, Turquia, Bulgária, Yugoslávia, etc. Parte foi para o norte da África.

A embaixada da Espanha em Tel Aviv, porém, avisa que a proposta precisa ainda ser aprovada no Parlamento e, mais tarde, terão que estabelecer a regulamentação. Coisa de mais 2 a 3 anos.

Eu vou me candidatar a espanhol. Fui torcedor do Galícia, time da numerosa colônia espanhola na Bahia.



ANTI SEMITISMO NO CASO DO ESPIÃO POLLARD?

O ex Diretor Geral da CIA fez estes dias, (na TV-canal 10, sábado à noite 08/02/2014), uma declaração que surpreendeu muitos israelenses: “um dos posíveis motivos para a recusa  em encurtar a pena de Jonathan Pollard*, pode ter motivação anti-semita.” (*Pollard está preso acusado de traição por vender ao Mossad documentos do serviço de Inteligência da Marinha americana). 

Pollard que é judeu e trabalhava naquele departamento não espionou somente por amor a Israel, mas era muito bem pago pelas informações e documentos que entregava a agentes do Mossad em Washington. Certo dia, Pollard descobriu que fora descoberto e que seria preso a qualquer momento. Em pânico, tentou se asilar na embaixada israelense na capital americana, sendo preso em suas proximidades quando se preparava para entrar e pedir asilo. 



Pollard acusa agentes israelenses de não agir com a rapidez necessária. Foi condenado à prisão perpétua em 1987. Poderá ser solto (parole) em novembro 2015. Fazendo as contas 2014-1987, o espião já está preso há mais de 26 anos. Israel faz tudo para Pollard ser perdoado e solto, mas sem sucesso. Chegou a dar-lhe, excepcionalmente, a cidadania israelense mesmo longe, sem fazer aliá nem ter jamais estado aqui em Israel.

Então que história é esta de anti-semitismo?  O correspondente do canal 10 em Washington conseguiu entrevistar o ex-Diretor Geral da CIA, James Woosley, e falar sobre o caso Pollard, coisa que gente da Agência não gosta de comentar. Entre elogios à cooperação estreita com o Mossad, etc. foi perguntado porque, em sua opinião, Pollard ainda não foi solto, apesar dos inúmeros pedidos de Israel. 

A resposta de Woosley foi surpreendente. Após dizer que espiões trabalhando para países amigos como Coréia do Sul, Filipinas, etc. permancem presos por não mais 5 ou 6 anos, máximo 10, o ex boss da CIA tocou fogo na entrevista ao citar “como possíveis causas de Pollard estar na cadeia há mais de 25 anos, poderiam estar sentimentos anti-semitas de algumas “pessoas que podem decidir.”

Até agora, não houve comentários nos círculos governamentais em Jerusalém. Muito menos agora, quando Bibi e um importante ministro. Naftali Bennet, acusaram a Secretário de Estado, John Kerry, de estar obrigando Israel a ceder aos palestinos, fazer algum acordo, com o objetivo de dar a Obama a justificativa pelo prêmio Nóbel da Paz que recebeu por conta de alguma paz importante que venha a conseguir.

PALESTINOS CRISTÃOS ESTÃO SE ALISTANDO MAIS

Cresce a cada ano o número de palestinos cristãos que se alistam no exército israelense. Seu número ainda é baixo, 300 ao todo. Seu número, porém está em ascenção. Nos últimos 6 meses de 2013, se alistaram 3 vezes mais que a media. 

As razões para o fenômeno positivo são, em primeiro lugar, o fortalecimento da  certeza que só Israel, garante que não sofrerão perseguição religiosa como seus irmãos de fé nos países árabes e muçulmanos, em geral. Acreditam que a democracia israelense jamais permitirá que tenham suas igrejas queimadas como no Líbano, Egito e Síria. 

Aliás, a situação dos cristãos jamais foi tranquila no mundo muçulmano, cuja religião não é nada liberal. Lembro-me do sr.  Mubada, representante de fios em S. Paulo, libanês que imigrou para o Brasil na década de 50. Ele contava que os islâmicos cantavam algo que dizia hoje é sábado, amanhã será domingo. 

Que significava hoje lutamos contra o sábado, numa referência aos judeus e domingo numa ameaça aos cristãos. Os cristãos que já foram maioria, de cordo com o censo de 1932 eram 54% da população. Foram diminuindo, principalmente devido a guerras étino-religiosas no país. Hoje, a maioria ampla é muçulmana dividida entre xiitas 27% (sul), sunitas 27% (norte), o que dá maioria aos islâmicos. 

Os cristãos se dividem em 8% Maronitas, 5% ortodoxos-gregos num total de 13% apenas. Há ainda Druzos 5% e outras mionorias religiosas. A causa da perda da maioria cristã é atribuída, principalmente à emigração e menor número de filhos entre entre estes e maior quantidae de filhos entre o islâmicos.    

ISRAEL E TURQUIA PERTO DE UM ACORDO

A briga entre Israel e Turquia pode, finalmente, ser resolvida. Tudo começou quando em maio de 2010, um um pequeno navio turco, o “Mavi Mara”, se dirigiu a Gaza a fim de furar o bloqueio israelense. O bloqueio foi imposto por Israel para impedir o contrabando de armas para o Hamas. Os turcos alegaram que pretendiam trazer alimentos e “solidariedade” aos moradores palestinos em Gaza. 

Uma óbia provocação. 

Nesta situação, o Mavi Mara foi interceptado ainda em alto mar. Uma luta se seguiu quando os passageiros-militantes atacaram os soldados quando estes desciam do helicóptero ao navio. Na luta mano a mano, morreram 9 cidadãos turcos e dois soldados israelenses ficaram feridos sem gravidade.

O governo turco exigiu desculpas de Israel. Nataniahu se recusou alegando que os soldados atiraram em defesa própria. Acontece que os 2 países eram aliados próximos e até faziam manobras militares em conjuntos com os EUA. Parou tudo. O 1º ministro turco, Recip Erdoan, retirou, unilateralmente, o embaixador de Tel Aviv. 

Israel saiu perdendo já que junto com a Turquia eram uma barreira contra o islamismo radical. Obama interviu e Bibi pediu uma desculpa meio esfarrapada, mas se comprometeu a indenizar as famílias dos mortos. Uma comissão mista foi criada para tentar chegar a valores, etc. Não andou. As diferenças eram grandes. 

Erduan que estava, como num paciente bi-polar, numa alta se recusou  ainda atacou Israel publicamente. Com a região pegando fogo devido à famigerada “primavera árabe” e a Turquia sendo obrigada a engolir, sem água, a pílula amarga de centenas de milhares de refugiados sírios, Erdoan amainou e Israel entendendo o valor da amizade turca, as negociações foram retomadas. 

Bibi autorizou uma proposta mais polpuda a fim de compensar as vítimas, e tudo indica, as relações com a Turquia voltarão à normalidade, para a elegria dos israelenses que gostam dos resorts turcos, mais pertos e bem mais baratos.  


Chegada do Mavi Mara a Istambul em 7/10/2001

David Tabacof - Direto de Israel - 10/02/2014


Nenhum comentário:

Postar um comentário