SEFARADIS PODEM SER CIDADÃOS DA ESPANHA
A Espanha irá of oferecer cidadania a qualquer judeu que possa convencer
as autoridades em Madrid que é descendente direto de judeus expulsos em 1492,
durante o reinado muito católico e muito anti-semita dos reis Isabela de
Castela e Farnando de Aragão.
Entre as exigências está a prova muito clara de descender dos
desterrados da Inquisição. Ajuda também saber ladino ou espanholit. Analistas
dizem que os espanhois querem agradar aos judeus devido à má situação econômica
de seu país, precisam de crédito e chagaram à conclusão que ser amigo dos
judeus pode ajudar. Ou será como uma volta do filme mexicano “Pecadora
arrependida”?
Sejam quais forem as intenções espanholas, a notícia agitou os sefaradim
israelenses. Já se fala aqui na realização do sonho de possuir um passaporte
espanhol que lhe dará livre trânsito na Europa. Aqui em Israel temos famílias
com nomes, Toledano, Pinto, Ferreira e Pereira, Gueta, Castro, Abravanel, etc.
Facilmente indentificáveis.
Em todo o mundo há judeus sefaraditas (em hebraico,
Espanha é Sefarad) que certamente tentarão se transformar em espanhóis não só
na origem espanhola que é confundido por muitos com os judeus orientais,
principalmente os originários de países árabes. Em Israel, até hoje se diz para
qualquer judeu não ashkenazi que é sefaradi.
Fazendo um pouco de ordem:
Ashkenaz significa Alemanha em hebraico, e são os judeus que se desenvolveram
há mais de 1.000 anos ao redor da Alemanha e leste europeu; Sefaradim
(espanhóis em hebraico, são os descendentes dos expulsos da Espanha, (Sefarad);
Mizrachim: orientais, são em geral, mas não todos, os judeus originários dos
países árabes e norte da África. Os teimanim, iemenitas, são uma tribo a parte.
Alguns historiadores afirmam que descendem dos judeus que saíram de Israel na
grande dispersão do ano 135 CE, após a derrota de Israel frente ao exército de
Adriano. Existem ainda outros grupos como os etíopes negros da
Etiópiadescendentes do rei David e da rainha de Sabá.
Diz um professor sefaradi que a maioria dos judeus espanhóis expulsos
(preferiram a expulsão à conversão) se refugiou na Grécia, Turquia, Bulgária,
Yugoslávia, etc. Parte foi para o norte da África.
A embaixada da Espanha em Tel Aviv, porém, avisa que a proposta precisa
ainda ser aprovada no Parlamento e, mais tarde, terão que estabelecer a
regulamentação. Coisa de mais 2 a 3 anos.
Eu vou me candidatar a espanhol. Fui torcedor do Galícia, time da
numerosa colônia espanhola na Bahia.
ANTI SEMITISMO NO CASO DO ESPIÃO POLLARD?
O ex Diretor Geral da CIA fez estes dias, (na TV-canal 10, sábado à
noite 08/02/2014), uma declaração que surpreendeu muitos israelenses: “um dos
posíveis motivos para a recusa em encurtar a pena de Jonathan Pollard*,
pode ter motivação anti-semita.” (*Pollard está preso acusado de traição por
vender ao Mossad documentos do serviço de Inteligência da Marinha americana).
Pollard que é judeu e trabalhava naquele departamento não espionou somente por
amor a Israel, mas era muito bem pago pelas informações e documentos que
entregava a agentes do Mossad em Washington. Certo dia, Pollard descobriu que
fora descoberto e que seria preso a qualquer momento. Em pânico, tentou se
asilar na embaixada israelense na capital americana, sendo preso em suas
proximidades quando se preparava para entrar e pedir asilo.
Pollard acusa
agentes israelenses de não agir com a rapidez necessária. Foi condenado à
prisão perpétua em 1987. Poderá ser solto (parole) em novembro 2015.
Fazendo as contas 2014-1987, o espião já está preso há mais de 26 anos. Israel
faz tudo para Pollard ser perdoado e solto, mas sem sucesso. Chegou a dar-lhe,
excepcionalmente, a cidadania israelense mesmo longe, sem fazer aliá nem ter
jamais estado aqui em Israel.
Então que história é esta de anti-semitismo? O
correspondente do canal 10 em Washington conseguiu entrevistar o ex-Diretor
Geral da CIA, James Woosley, e falar sobre o caso Pollard, coisa que gente da
Agência não gosta de comentar. Entre elogios à cooperação estreita com o
Mossad, etc. foi perguntado porque, em sua opinião, Pollard ainda não foi
solto, apesar dos inúmeros pedidos de Israel.
A resposta de Woosley foi
surpreendente. Após dizer que espiões trabalhando para países amigos como
Coréia do Sul, Filipinas, etc. permancem presos por não mais 5 ou 6 anos,
máximo 10, o ex boss da CIA tocou fogo na entrevista ao citar “como possíveis
causas de Pollard estar na cadeia há mais de 25 anos, poderiam estar
sentimentos anti-semitas de algumas “pessoas que podem decidir.”
Até agora, não houve comentários nos círculos governamentais em
Jerusalém. Muito menos agora, quando Bibi e um importante ministro. Naftali
Bennet, acusaram a Secretário de Estado, John Kerry, de estar obrigando Israel
a ceder aos palestinos, fazer algum acordo, com o objetivo de dar a Obama a
justificativa pelo prêmio Nóbel da Paz que recebeu por conta de alguma paz
importante que venha a conseguir.
PALESTINOS CRISTÃOS
ESTÃO SE ALISTANDO MAIS
Cresce a cada ano o
número de palestinos cristãos que se alistam no exército israelense. Seu número
ainda é baixo, 300 ao todo. Seu número, porém está em ascenção. Nos últimos 6 meses de 2013, se alistaram 3 vezes mais
que a media.
As razões para o fenômeno positivo
são, em primeiro lugar, o fortalecimento da certeza que só Israel,
garante que não sofrerão perseguição religiosa como seus irmãos de fé nos
países árabes e muçulmanos, em geral. Acreditam que a democracia israelense
jamais permitirá que tenham suas igrejas queimadas como no Líbano, Egito e
Síria.
Aliás, a situação dos cristãos jamais foi tranquila no mundo muçulmano,
cuja religião não é nada liberal. Lembro-me do sr. Mubada, representante
de fios em S. Paulo, libanês que imigrou para o Brasil na década de 50. Ele
contava que os islâmicos cantavam algo que dizia hoje é sábado, amanhã será
domingo.
Que significava hoje lutamos contra o sábado, numa referência aos
judeus e domingo numa ameaça aos cristãos. Os cristãos que já foram maioria, de
cordo com o censo de 1932 eram 54% da população. Foram diminuindo,
principalmente devido a guerras étino-religiosas no país. Hoje, a maioria ampla
é muçulmana dividida entre xiitas 27% (sul), sunitas 27% (norte), o que dá
maioria aos islâmicos.
Os cristãos se dividem em 8% Maronitas, 5%
ortodoxos-gregos num total de 13% apenas. Há ainda Druzos 5% e outras mionorias
religiosas. A causa da perda da maioria cristã é atribuída, principalmente à
emigração e menor número de filhos entre entre estes e maior quantidae de
filhos entre o islâmicos.
ISRAEL E TURQUIA PERTO DE UM ACORDO
A briga entre Israel e Turquia pode, finalmente, ser resolvida. Tudo
começou quando em maio de 2010, um um pequeno navio turco, o “Mavi Mara”, se
dirigiu a Gaza a fim de furar o bloqueio israelense. O bloqueio foi imposto por
Israel para impedir o contrabando de armas para o Hamas. Os turcos alegaram que
pretendiam trazer alimentos e “solidariedade” aos moradores palestinos em Gaza.
Uma óbia provocação.
Nesta situação, o Mavi Mara foi interceptado ainda em alto
mar. Uma luta se seguiu quando os passageiros-militantes atacaram os soldados
quando estes desciam do helicóptero ao navio. Na luta mano a mano, morreram 9
cidadãos turcos e dois soldados israelenses ficaram feridos sem gravidade.
O
governo turco exigiu desculpas de Israel. Nataniahu se recusou alegando que os
soldados atiraram em defesa própria. Acontece que os 2 países eram aliados
próximos e até faziam manobras militares em conjuntos com os EUA. Parou tudo. O
1º ministro turco, Recip Erdoan, retirou, unilateralmente, o embaixador de Tel
Aviv.
Israel saiu perdendo já que junto com a Turquia eram uma barreira contra
o islamismo radical. Obama interviu e Bibi pediu uma desculpa meio esfarrapada,
mas se comprometeu a indenizar as famílias dos mortos. Uma comissão mista foi
criada para tentar chegar a valores, etc. Não andou. As diferenças eram
grandes.
Erduan que estava, como num paciente bi-polar, numa alta se
recusou ainda atacou Israel publicamente. Com a região pegando fogo
devido à famigerada “primavera árabe” e a Turquia sendo obrigada a engolir, sem
água, a pílula amarga de centenas de milhares de refugiados sírios, Erdoan
amainou e Israel entendendo o valor da amizade turca, as negociações foram
retomadas.
Bibi autorizou uma proposta mais polpuda a fim de compensar as
vítimas, e tudo indica, as relações com a Turquia voltarão à normalidade, para
a elegria dos israelenses que gostam dos resorts turcos, mais pertos e bem mais
baratos.
Chegada do Mavi Mara a Istambul em 7/10/2001
David Tabacof - Direto de Israel - 10/02/2014
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