terça-feira, 15 de julho de 2014

     
ESPERANDO POR GODOT


Na peça de Samuel Becket, "Esperando por Godot", os dois personagens esperam por alguém chamado Godot. Esperam, esperam. Quando alguém lhes pergunta o que estão fazendo ali, a resposta é "esperando por Godot". E vai assim até o pano descer. O público termina sem saber quem é este tal de Godot. Se transferisse este teatro do absurdo para Israel e o judaímo em geral , diria que Godot é o Messias salvador que muitos esperam e que jamais chega. O próprio nome GOD-OT indicaria esta intepretação. Becket, porém, morreu sem revelar quem seria Godot.
Mas, não é sobre Becket e sua obra que desejo falar hoje. Afinal, Israel continua envolvido em mais uma batalha pela sobrevivência. Com Messias ou sem Messias tem que lutar, afinal o Salvador jamais demonstrou muito interesse na luta travada por Israel. Até o principal propagador recente da vinda do Messias, o Lubavitcher Rebe, que viveu e morreu no Brooklyn, New York, jamais colocou seus santos pés em Israel nem deu explicação convincente.. 
Aqui, também estamos esperando, só que sei por quem ou por que estamos aguardando. Em Tel Aviv, onde estou, Godot são os muitos mísseis em poder do Hamas e assim daria o título de "Godot chegou, finalmente", porque o Golem da guerra está solto em Gaza e arredores. Graças ao gênio judaico em Israel, criamos uma arma defensiva extremamante eficiente contra os mísseis do Hamas a que chamamos de "teto de ferro" (kipat Barzel). Este míssil anti míssil interceptou 98% dos mísseis que se dirigiam a alvos que poderiam causar danos físicos à população. Se os super computadores de Tazahal indicassem que cairiam em local desabitado deixavam passar. Solução inteligente afim de poupar o orçamento militar. Um míssil simplório palestinos não custa mais que algumas centenas de dólares enquanto cada kipat barzel custa algumas dezenas de milhares de US$. O que é uma desvantagem para o Estado judeu. Graças, porém, à falta de pontaria dos palestinos a grande maioria dirige-se a locais desabitados e assim o míssil anti-míssil é usado com parcimonia. 
Os religiosos estão usando a eficiência do Kipat barzel para creditar a ajuda do Todo Poderoso. Se caísse e matasse, "ninguém sabe interpretar a vontade de Deus". Se é inerceptado é a voltade do "reboinishe oilem" como diz o hebraico idishificado dos ashkenazim.
Hoje deveria entrar em vigor um cessar fogo. Israel aceitou para regularizar a vida em Israel. O Hamas está impondo condições que não podem ser aceitas. Afinal foram derrotados. Não completamente ainda, mas pagaram um alto preço.
O Hamas lançou de forma indiscriminada (se cair em uma escola ou rua mvimentada, "azar dos judeus") mais de 1.000 mísseis de diversas potências e raio de ação. Graças ao kipat barzel nem um israelense morreu. Alguns poucos ficaram feridos por estilhaços. 
Muitos em Israel estão insatisfeitos com o cessar fogo agora. Queriam dar uma porrada definitiva no Hamas. As circunstâncias internacionais não permitiram. Aguardemos.

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